“Por fim, o meu Imaculado Coração triunfará.”
O número de devotos de Nossa Senhora de Fátima ia aumentando dia a dia.
Na Cova da Iria, os devotos se comportavam como se estivessem na igreja, ajoelhando-se quando lhes era possível, e os homens descobriam a cabeça para rezar.
Com grande dificuldade, as crianças passaram pela multidão para chegar ao pé da azinheira.
No caminho, gente do povo e até senhoras e cavalheiros caíam de joelhos diante deles, pedindo-lhes que apresentassem à Senhora suas aflições.
Ali apareciam todas as misérias da pobre humanidade.
Alguns gritavam até do alto das árvores e muros, para onde subiam a fim de ver os videntes.
E as crianças haviam apenas visto a Mãe do Salvador.
Como não terá sido nos caminhos de Israel, quando Nosso Senhor andava pelo mundo?
Chegados à azinheira milagrosa, Lúcia começa o terço, e toda a gente a segue na oração.
Agora a Cova da Iria transformava-se num grande templo cuja abóbada era o Céu.
Dá-se o relâmpago.
Um globo luminoso que todo o povo vê, move-se do nascente para o poente, deslizando lento e majestoso.
Acontece então uma chuva de pétalas coloridas, que desaparecem antes de chegar ao chão;
o sol escurece a ponto de deixar ver as estrelas;
uma aragem fresca suaviza os rostos escaldados.
Tudo causa assombro e alegria. De todos os lados se ouvem brados de louvor à Virgem Santíssima, que mais uma vez vem manifestar seu poder e misericórdia.
E novamente recomenda que não faltem no dia 13 de outubro, em que virá São José com o Menino Jesus para dar a paz ao mundo, Nosso Senhor para abençoar o povo, Nossa Senhora das Dores e Nossa Senhora do Carmo. Depois de um curto silêncio, a Senhora acrescenta:
“Continuem a rezar o Terço para alcançarem o fim da guerra.
Em Outubro virá também Nosso Senhor, Nossa Senhora das Dores e do Carmo, São José com o Menino Jesus, para abençoarem o mundo.
Deus está contente com os vossos sacrifícios, mas não quer que durmais com a corda, trazei-a só durante o dia”.
Lúcia: “Têm-me pedido para Lhe pedir muitas coisas: cura de alguns doentes, de um surdo-mudo”
Nossa Senhora: “Sim, alguns curarei, outros não. Em Outubro farei um milagre para que todos acreditem”.
E, começando a elevar-se, desapareceu como de costume.
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