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A Gruta de Lourdes amanheceu, 13 de junho de 2018, invadida por até um metro de água.
O rio de Pau – conhecido como ‘Gave’ – desbordou superando o muro canalizador e alagou toda a Gruta e a área diante dela.
A correnteza foi muito forte e até assustadora. A cidade e localidades vizinhas também sofrem os danos.
Um esquema de segurança concebido em função de inundações de anos anteriores, como a de junho de 2013, começou a ser instalado na calada da noite, pois a invasão das águas já se vinha vir.
A ocorrência não é nova. Até está previsto acontecer com certa regularidade.
E a atual começou a tomar dimensão na segunda-feira quando o nível do Gave começou a subir brutalmente segundo registrou o site Franceinfo.tv.
A própria Gruta teria sido escavada no morro precisamente por fenômenos como este acontecidos ao longo dos séculos especialmente na época das fortes chuvas de primavera nos Pirineus.
Nesses momentos, o rio Gave engrossa perigosamente.
A atual invasão das águas, entretanto, é bem menor que a de 2013. Nesse ano a imagem de Nossa Senhora que fica no alto da gruta de Massabielle chegou a ter a água quase nos pés.
De momento a Gruta está inacessível para os peregrinos. Tampouco podem funcionar as piscinas e as fontes de água de Lourdes.
No último dia 13 pelo meio-dia o nível atingia 2 metros 60 cm de altura e poderia chegar até 2,80m.
Por volta das 3 horas da madrugada foram instaladas defesas protetoras previstas para a eventualidade.
Elas protegem a gruta e a fonte de troncos e outros objetos que podem chegar boiando arrastados pela violência das águas e poderiam produzir algum estrago e da acumulação de lama.
Segundo a Prefeitura, “foi registrada em 24 horas uma acumulação de chuvas equivalentes a um mês inteiro”.
Em Lourdes, “a enchente está circunscrita à área da Gruta” informou o Santuário em comunicado reproduzido pelo grande jornal regional “Quest France”.
A área alagada inclui as torneiras de água, piscinas e capelas próximas. O acesso foi vedado. Os atos de piedade nessa parte do santuário foram suspensos. Mas não nas basílicas superiores.
O crucifixo da Gruta foi transferido transitoriamente para a basílica de Nossa-Senhora do Rosário por segurança, informou o jornal regional.
Aguardava-se um aumento do nível da correnteza, antes de diminuir o volume d’água.
Outras medidas de segurança em torno de casas, hotéis, estacionamentos e instalações para romeiros em Lourdes e cidades vizinhas foram adotadas pelas autoridades e tudo parece sob controle.
Nossa Senhora permite esses desastres naturais para mostrar que Ela está muito por cima das forças que preocupam aos homens.
Afinal, para quem faz milagres para milhares – senão, milhões – o que é que é um rio furioso? Não é nada para Ela que é a Onipotência Suplicante.
Aliás, Ela foi escolher como local da aparição um local em alguma medida perigoso. Bastava escolher um ponto um pouquinho mais elevado no morro onde está a Gruta para fugir de toda preocupação.
Mas, a Imaculada Conceição que está sempre esmagando a cabeça da serpente, e a pior serpente que há que é o demônio, não teme os elementos e os inimigos naturais ou preternaturais.
Ela é a Rainha do Céu e da Terra e os elementos lhe obedecem.
O aspecto assustador das águas correndo a grande velocidade pela Gruta e a placidez da imagem de Nossa Senhora de Lourdes no alto dela, nos ajuda a compreender o poder incomensurável da Mãe de Deus.
E reforça nossa certeza de que junto a Ela nada devemos temer.
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Fonte: fratresinunum.com
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