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Na ladainha invocamos a Santa Virgem lembrando cinco de suas prerrogativas que, aliás, se completam;
Invocamo-la como mãe, como virgem, a obra-prima de Deus designada em figuras e símbolos, o socorro nas aflições de qualquer tipo e enfim, a rainha por excelência.
Alguns dos títulos requerem uma palavra de esclarecimento.
Espelho de Justiça. O termo justiça sendo tomado no sentido bíblico de santidade, diz-se da Virgem espelho de justiça porque ela é o reflexo sem mancha da santidade de Deus.
O termo vaso, que é retomado três vezes, é igualmente empregado no sentido bíblico. Nesse caso, parece legítimo compreendê-lo como: ser, criatura.
Maria é o vaso espiritual porque ela é criatura, a única criatura humana, que desde sempre e no próprio instante de sua concepção imaculada, foi a residência do Espírito Santo.
Ela é o vaso honorífico no sentido de que é digna de honra mais que todas as outras criaturas do céu e da terra.
Enfim, como Ela nunca deixou de ser devota aos desígnios de Deus – a Seus desígnios mais alto que é a encarnação redentora – reconhecemos que Ela é animada pela devoção mais insigne: eis a serva do Senhor.
Ninguém ignora que a rosa é símbolo de amor; como Maria é cheia de graça e de amor, nós a proclamamos rosa mística.
Maria nos protege com a força e inteligência de uma mãe contra a Serpente infernal e seus sequazes; podemos então compará-la a uma torre.
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“Por fim o meu Imaculado Coração triunfará”Esta foi a promessa feita por Nossa Senhora ao longo de
Suas aparições aos três pastorinhos de Fátima, em 1917.
Tornando-se membro do Grupo Apóstolos de Fátima, você abraçará esta devoção, a pedido da Virgem Maria, e receberá muitas graças e bênçãos por isso.
Por meio de uma pequena contribuição mensal, você – aí de onde está – ajudará a disseminar os apelos de Nossa Senhora pelo Brasil e se beneficiará da promessa que a Santíssima Virgem fez.
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Maria nos protege mais seguramente de todos os atrativos do pecado porque ela própria nunca deu ao pecado a menor chance; ela é puríssima; o brilho do marfim pode nos sugerir, mas de um modo deficiente, sua pureza imaculada.
Em todo caso, na intervenção de Maria, pureza e proteção vão sempre juntas; ela é a torre de marfim.
Maria em seu seio virginal deu um corpo humano ao Filho de Deus; ela é comparável a uma casa de beleza inestimável: casa de ouro.
A arca da aliança continha somente as Tábuas da Lei. Mas Maria conteve Aquele que o céu e a terra não podem conter.
Maria está muito mais próxima de Deus do que o mais sublime dos anjos, pois Ela é a Mãe de Deus.
Ela está muito mais perto de Deus e de uma outra maneira, tendo dado seu corpo ao Filho de Deus.
Ela é então muito mais elevada do que os anjos; Ela tem autoridade sobre eles, que ficam encantados por serem súditos de seu império e fazem de executar suas ordens um ponto de honra. Ela é verdadeiramente Rainha dos Anjos.
Os Patriarcas e os Profetas que esperavam e anunciavam o Messias, o Redentor da humanidade culpável, deviam também inevitavelmente, elevar os olhos para a Mãe do Messias, a Virgem que devia dar à luz, a mulher entre todas as outras bendita, que esmagaria por fim a cabeça da Serpente.
Essa espera, que se prolongava pelos séculos e séculos, tinha começado no coração de Adão e Eva, os pais do gênero humano, logo depois do primeiro pecado, com o primeiro perdão do Pai celeste.
A espera, a esperança, o anúncio profético então se tornaram precisos ao longo do Antigo Testamento.
E os Patriarcas e Profetas anunciavam ao mesmo tempo que o Redentor e o Rei dos reis, a Virgem santíssima que devia colocá-lo no mundo e que reinaria à sua direita (Salmo 44… astitit Regina a dextris tuis).
Maria é invocada, com plena exatidão, como Rainha dos Patriarcas e dos Profetas.
Ela então veio. Na véspera do dia em que ia começar a plenitude dos tempos, na primeira aurora que precederia imediatamente o dia de nossa libertação, eis que na vara de Jessé, uma flor se abre.
Enfim aparece nesse mundo a pequena menina que os Patriarcas e os Profetas tinham esperado tanto, a filha de Ana e de Joaquim, de Adão e Eva, que não tinha nenhum traço do pecado dos primeiros pais.
Ela veio cheia de graça e de santidade, mais santa do que jamais será nenhum dos santos da Santa Igreja.
Ela está numa linha de santidade reservada somente a Ela: a santidade da mulher bendita que deveria dar a uma Pessoa divina sua natureza humana;
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Participe!
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A santidade daquela que, dizendo a Deus meu filho em toda propriedade do termo, é introduzida, por aí mesmo, na intimidade da Trindade, muito mais profundamente do que qualquer outra criatura.
Situada numa linha de santidade absolutamente própria e reservada, porque está próxima do Redentor a ponto de ser sua Mãe, é inevitável que Ela possua em superabundância a graça e a caridade que fazem os outros santos. Sua excelência em relação a eles é coisa necessária.
Ela penetrou os segredos do Evangelho, ela meditou-os em seu coração com mais fervor e inteligência do que os Apóstolos e evangelistas; eis porque sem ter pregado o Evangelho ela é Rainha dos Apóstolos.
Sua união à dolorosíssima Paixão de Jesus foi mais dilacerante do que os suplícios dos maiores mártires; ela é então a Rainha dos Mártires.
Sem ter celebrado os santos mistérios nem confessado a fé do modo ordinário dos confessores, ela deu testemunho dessa fé na presença de Deus, dos anjos e dos homens com a força e constância da santa Mãe de Deus; é então inteiramente justo aclamá-la como Rainha dos Confessores.
Enfim sua virgindade foi de tal modo humilde, transparente, penetrada de caridade para com Deus, que Ela mereceu tornar-se Mãe de Deus permanecendo virgem;
O Verbo de Deus devia de alguma forma consagrar a virgindade daquela que lhe dava sua natureza humana; verdadeiramente Rainha das Virgens…
Rainha de todos os santos.
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Fonte: Pe. Roger- Thomas Calmel O.P.
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