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A comunidade da Paróquia de São Cristóvão, em Itajaí (SC), foi surpreendida no último sábado, 16 de setembro, quando a polícia apreendeu o equipamento eletrônico que faz o sino da igreja tocar, alegando “perturbação ao sossego alheio”.
Há nove anos, o sino da igreja tocava a cada hora das 7h às 18h. Entretanto, um morador acionou a Polícia Militar (PM) devido ao badalar do sino.
Maico de Alcântara, capitão do Corpo de Bombeiro em Itapema, que reside em Itajaí, relatou ao site ‘Diário Catarinense’ que faz escala à noite e chega em casa às 7h, o toque do sino a cada hora o incomodaria.
“Desde metade do ano passado eu venho falando com o padre para entrarmos num acordo. Como não entramos num acordo, chamei a PM e representei contra a capela”, afirmou.
A polícia, então, foi ao local na manhã de sábado e esperou o sino tocar.
Em seguida, entrou no templo e confiscou o sino.
Como a PM de Itajaí não possui equipamentos para verificar os decibéis do sino, disse que agiu a partir da denúncia e do que foi constatado pelos policiais.
O material apreendido foi encaminhado para a Justiça.
Em uma nota publicada na página do Facebook da Paróquia de São Cristóvão, a Mitra Arquidiocesana de Florianópolis afirma que:
“Lamenta a apreensão indevida do sino de uma de suas Igrejas, por integrantes da Polícia Militar de Santa Catarina, e informa que está tomando as medidas judiciais cabíveis para solucionar esta questão”.
No comunicado assinado pelo advogado Fernando Dauwe, informa também que:
“O Código de Posturas do Município de Itajaí (Lei 2.734/92), em seu artigo 99, Inciso II, permite expressamente o toque dos sinos para indicação de horas ou para anunciar a realização de atos ou cultos religiosos;
Tratando o toque do sino como exceção às regras gerais sobre perturbação ao bem-estar e sossego público, comprovando a arbitrariedade do ato ocorrido”.
Por sua vez, a comunidade de Itajaí já está fazendo um abaixo-assinado para que as badaladas do sino voltem a soar a cada hora na Paróquia de São Cristóvão.
Gilmar Lamim, que mora próximo à Igreja, disse em entrevista a NSC TV que o som do sino nunca gerou nenhum incômodo.
“Eu tenho meu pai, minha mãe, que já são pessoas de idade. Nunca incomodou”.
Outro morador, o aposentado Benvenuto Antenor Monteiro, afirmou que “o sino está baixo”.
“Não é alto. Eu acho que é errado. A PM não podia fazer isso”.
Para a imprensa local, o que chamou a atenção neste caso foi a rápida ação da polícia, algo que não costuma acontecer em outros casos de perturbação ao sossego, uma vez que a PM costuma trabalhar com prioridades.
De acordo com o ‘Diário Catarinense’, “um dia depois do episódio do sino confiscado, moradores da região da Lagoa do Cassino, na Praia Brava, enfrentaram uma madrugada de muito barulho e incômodo com som alto e bebedeira na rua”. Porém, “nenhum carro foi apreendido”.
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Fonte: acidigital.com
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2 Comentários
Eu tenho uma sugestão: Moro em Januária(MG) bem próximo a Catedral da cidade, aqui também temos o toque do sino mas ele só é ouvido as 6(seis) e as 7(sete) da manhã, as 12:00 hs( meio dia) e as 18 hs e 19 hs. Nunca tivemos reclamações muito pelo contrário amamos ouvir o toque do sino. Portanto, por que não fazer o mesmo?
Espero que com essa sugestão possa ter ajudado!
Abraços e que DEUS abençoe a todos.
Os tempos mudaram e hoje muitas pessoas trabalham a noite e precisam dormir durante o dia, precisamos respeitar as leis do sossego e convenhamos né? O sino foi usado no passado p alertar as pessoas do horário pois não havia relógios, mas hoje, todos estão cercados de celulares p ver a hora e os sinos tocando inutilmente com a única função de perturbar.