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“Dar bastante corpo para manter a alma unida”.
Foi com essas palavras que o Papa Pio XI justificou, durante o Tratado de Latrão;
A importância de um Estado independente, por menor que fosse, para manter materialmente a atividade espiritual da Igreja.
O território romano, com seus 44 hectares, é o menor Estado soberano do mundo.
Representa 20% da área de Mônaco, por exemplo.
No entanto, o Vaticano perde o posto de menor do mundo para o principado quando se adicionam suas dependências extraterritoriais, como os 55 hectares da residência de Castel Gandolfo.
A população total do Vaticano é de pouco menos de 900 habitantes.
Não há nacionalidade vaticana, mas um status temporário de cidadania distribuído pelo soberano pontífice em reconhecimento a uma função ou serviço prestado à Igreja.
Um fato único:
Os cidadãos do Vaticano são binacionais e menos de 300 residem no Estado.
Os outros cidadãos estão a serviço no estrangeiro, principalmente nas nunciaturas apostólicas [similares às embaixadas].
O Vaticano também é o único país cujo idioma oficial não é falado no local.
O latim, utilizado na linguagem oral até a década de 1960, foi sendo trocado aos poucos pelo italiano.
Claro que é possível ouvir outros idiomas nos corredores dos museus e na basílica;
Com 18 milhões de turistas e peregrinos por ano, é o Estado soberano mais visitado em relação ao número de habitantes.
Uma monarquia absoluta
Mais um dos inúmeros paradoxos do Vaticano:
Embora tenha o menor exército do mundo, este é o país mais “militarizado” do planeta, já que 20% de seus cidadãos são soldados!
O Vaticano também é uma das sete monarquias absolutas do mundo e a única que aboliu a pena de morte.
As execuções foram proibidas em 1696, 12 anos antes da França e 26 anos antes da Bélgica.
O país menos povoado do planeta também é o que tem a maior taxa de criminalidade relativa!
Mas, calma: a criminalidade relativa leva em conta a quantidade de crimes em relação ao total da população, que é minúscula.
E esses crimes, no geral, são furtos contra visitantes da Praça de São Pedro.
Em 2016, a polícia vaticana aplicou 88 multas e registou 64 acidentes de trânsito.
O incidente mais grave foi a morte de um comandante da Guarda Suíça e da sua esposa em 1998 – o primeiro assassinato desde a fundação do atual Estado do Vaticano, em 1929.
Com uma centena de empregados religiosos e quase 2.000 empregados laicos, a taxa de emprego do Vaticano é duas vezes maior do que a sua população.
No entanto, este microestado depende dos serviços públicos da Itália: água, gás, eletricidade, limpeza etc.
Os principais empregadores são os Museus Vaticanos.
Não há empresas privadas e é impossível adquirir imóveis, já que a Santa Sé é proprietária de todos os edifícios do Vaticano.
Por fim, outro fato curioso deste lugar excepcional:
O consumo de vinho pela população vaticana proporciona uma estatística surpreendente.
Em 2014, cada habitante comprou quase 55 litros da bebida.
A razão é simples: os supermercados isentam os funcionários da Santa Sé e do Vaticano da cobrança de impostos.
Os familiares e agregados também possuem o benefício, de modo que, para 2.000 empregados, circulam em Roma mais de 40.000 cartões de acesso aos estabelecimentos.
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Fonte: pt.aleteia.org
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