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H.D. Noble, no Dictionnarie de Théologie Catholique, define da seguinte forma o operar da prudência:
“A ação própria da prudência é dirigir para o ideal moral as ações humanas, através das múltiplas e variáveis circunstâncias da vida…Prever uma ação que ainda não se realizou e ordená-la como devendo realizar-se;
Porque se julga que ela está de acordo com a situação presente e com a oportunidade das circunstâncias atuais, eis a prudência.
Evidentemente, isto exige previdência: é preciso considerar e pesar antecipadamente as consequências, as vantagens ou desvantagens.
Esta previsão é o instante importante da prudência, e a própria palavra “prudência” significa etimologicamente previdência, providencia.
É por isso que a previdência é essencial ao ato prudencial principal: o preceito.
A esta previsão perspicaz da ação futura se ordenam todas as diligencias e todas as destrezas do espirito prático. […]
A experiência da vida, a sagacidade, a docilidade, o bom senso cauteloso e a justeza do raciocínio servem para prever bem;
E bem julgar com antecipação a ação tal qual ela será e deverá ser. Ser previdente é ser prudente. ”
Exemplifiquemos: um pai de família recebe um salário de R$ 750,00 mensais.
Se ele passar a gastar com sua família R$ 900,00 por mês, isso constantemente, no final de um ano, estará devendo o dobro do que recebe trabalhando um mês inteiro.
Portanto, para que isso não aconteça, deverá ele calcular bem quanto ganha, para então saber o quanto pode gastar;
Pesando, em cada mês, as consequências de cada investimento e, dessa forma, não prejudicar as economias de sua família.
Isto posto, passemos ao fato a ser analisado.
No dia 17 de março, foi divulgado pelo delegado da policial federal, Maurício Moscardi, a existência da chamada “Operação Carne Fraca”;
Que investigava irregularidades sanitárias em empresas que trabalham no ramo das carnes.
A operação levantou uma enorme polêmica nos jornais brasileiros e internacionais, por tratar de um país responsável por 40% da exportação/produção mundial de carne.
O fato está sendo criticado por muitos jornalistas, juristas e até peritos de renome;
Pois foram verificadas anormalidades no procedimento investigativo da polícia federal.
Cito, por exemplo, a nota divulgada pela Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF);
Na qual diziam que as conclusões da policia não têm embasamento cientifico, pois os peritos federais foram acionados apenas uma vez durante as investigações;
E o laudo decorrente desta pesquisa não comprovou, por parte dos alimentos periciados, nenhum dano à saúde pública.
Não é intenção nossa entrar no mérito do caso, ou seja, se houve ou não erros na condução das investigações;
Queremos tão somente questionar o modo como foi apresentado o acontecimento.
Foi medido o impacto e o dano que causaria ao Brasil essa maneira de tratar o caso?
A matéria foi apresentada com grande estardalhaço midiático, prejudicando a imagem internacional do país.
A P.F. deveria ter sido mais cautelosa, pois trata-se de um país-líder da exportação mundial de carne.
Ademais, investigações que deveriam ser feitas por peritos na área;
Foram feitas por agentes especializados em investigar casos de corrupção e não problemas sanitários, gerando assim mais incertezas.
Os danos na economia já estão sendo sentidos, pois foram feitos, por parte da União Europeia e outros países, embargos na exportação de carne brasileira;
Reduzindo assim a média diária de US$ 63 milhões para US$ 74 mil, nos embarques de carne.
Isso prejudicou não só as empresas envolvidas no caso, como também os produtores rurais;
Sem contar, é claro, com o dano causado a imagem internacional do Brasil.
Já basta toda a sabotagem feita ao ramo do agronegócio brasileiro;
Como as leis abusivas de “preservação ambiental” ou as famigeradas invasões de terra lideradas pelo MST e movimentos afins.
Agora, mais essa punhalada nos nossos fazendeiros.
Com base nas considerações iniciais sobre a prudência, cabe em nossos espíritos uma dúvida:
Foi prudente o jeito de trazer à luz as investigações da policia federal?
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Fonte: ipco.org.br
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