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A Associação dos Médicos Católicos Portugueses (AMCP);
Publicou um comunicado no qual reafirma a “sua absoluta oposição à prática da eutanásia”;
Que está prestes a ser votada na Assembleia da República de Portugal, e ressalta o valor da vida humana, o papel do médico e da medicina.
O texto foi aprovado por unanimidade durante o Conselho Nacional, realizado no último dia 18 de março, em Fátima;
E vem em resposta à “apresentação na Assembleia da República de dois projetos de lei que visam legalizar a prática da eutanásia”.
Os médicos católicos pontuam que os debates em torno da eutanásia introduzem “ideias como as da autodeterminação, da liberdade, da dignidade e da compaixão”.
Porém, alertam que “o uso destes termos pretende confundir e manipular a opinião pública”.
“A vida é um direito inviolável e irrenunciável.
Ninguém deverá ter, seja em que circunstâncias for, o direito a ser morto”, afirmam;
Ressaltando que “não se elimina o sofrimento com a morte: com a morte elimina-se a pessoa que sofre”.
Ao sublinhar que acreditam que “a vida é um valor”, reafirmam, “com convicção e fortaleza, que toda vida merece acolhimento, respeito e proteção” e que nada;
“Muito menos a doença ou o sofrimento”, a tornará indigna.
O comunicado chama atenção ainda para as questões éticas e apresentam como uma primeira razão para ser contra a eutanásia o seguinte fato:
“Somos médicos”.
“Queremos honrar e cumprir o nosso código deontológico, que entendemos como garante do respeito pela vida humana desde o nascimento até à morte natural”, declaram.
Dessa forma, recordam que “os princípios da medicina excluem a prática da eutanásia, da distanásia e do suicídio assistido”.
Além disso, assinalam, “é função da medicina e do médico minorar o sofrimento do doente”;
Com competência técnica e com humanidade, sabendo também que “não somos donos da vida dos nossos doentes, como não somos donos da sua morte”.
“É possível aliviar a dor física intensa e a angústia”, garantem, recordam que “os medicamentos hoje disponíveis tornam possível o bem estar, sem dor”.
Nesse sentido, “a AMCP defende o alargamento das redes de cuidados continuados e de cuidados paliativos”;
Indicando que “é preciso aprofundar as questões relativas ao fim de vida, aos idosos, à solidão”.
Por isso, “são necessárias políticas públicas que promovam a coesão social e a proteção dos mais frágeis”;
Uma vez que “quem se sente acompanhado, não desespera perante a morte e não pede a morte como solução”.
“Nós – médicos e católicos – queremos estar ao serviço da vida e dos nossos doentes.Sabemos a importância da confiança na relação médico-doente e no sistema de saúde.
A possibilidade da eutanásia fere de morte esta confiança.
Manifestamos, pois, a nossa veemente oposição à legalização da eutanásia e à violação ou alteração do código deontológico”;
Acrescentam, ao concluir que “a eutanásia não é um ato médico”.
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Fonte: acidigital.com
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