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Quem vai em peregrinação a Lourdes o faz para imergir-se na atmosfera sobrenatural de um lugar.
A Gruta onde a Virgem Maria apareceu a Santa Bernadete em 1858 e as piscinas em cuja água milagrosa os doentes continuam a banhar-se;
São enclaves abençoados em uma sociedade dessacralizada.
Pelo contrário, quem vai a Fátima o faz para obter refrigério espiritual não de um lugar, mas de uma Mensagem celeste:
O chamado “segredo”, que Nossa Senhora confiou a três pastorinhos há cem anos, entre maio e outubro de 1917.
Lourdes cura especialmente corpos, Fátima oferece orientação espiritual às almas desorientadas.
Em 13 de maio de 1917, na Cova de Iria – um lugar remoto, todo de pedra e oliveiras, perto da aldeia de Fátima, em Portugal;
A três crianças que estavam cuidando de suas ovelhas, Francisco e Jacinta Marto e a prima Lúcia dos Santos;
Apareceu, de acordo com as suas palavras;
“Uma Senhora vestida de branco, mais brilhante que o sol, irradiando luz mais clara e intensa que um copo de cristal cheio de água cristalina, atravessado pelos raios do sol mais ardente”.
Essa Senhora se revelou a Mãe de Deus, encarregada de trazer uma mensagem aos homens;
E disse aos três pastores que voltassem ali no dia 13 do mês seguinte, e assim por diante, até 13 de outubro.
A última aparição terminou com um grandioso milagre atmosférico;
Denominado a “dança do sol”, visto por dezenas de milhares de testemunhas, até mesmo a mais de 40 quilômetros de distância.
O segredo revelado por Nossa Senhora em Fátima é composto de três partes que formam um todo orgânico e coerente.
A primeira é a visão aterradora do inferno, onde as almas dos pecadores caem;
A este castigo opõe-se a misericórdia do Imaculado Coração de Maria, remédio supremo oferecido por Deus à humanidade para a salvação das almas.
A segunda parte se refere a uma alternativa histórica dramática:
A paz, fruto da conversão do mundo e do cumprimento dos pedidos de Nossa Senhora, ou um terrível castigo que aguarda a humanidade se esta se obstinar na via do pecado.
A Rússia seria o instrumento desse castigo.
A terceira parte, divulgada pela Santa Sé em junho de 2000, amplia a tragédia à vida da Igreja;
Oferecendo a visão de um Papa e de bispos, religiosos e leigos mortos a tiros pelos perseguidores.
As discussões que se abriram nos últimos anos sobre esse “Terceiro Segredo” podem, no entanto;
Ofuscar a força profética da parte central da Mensagem, resumida por duas frases decisivas:
“A Rússia espalhará seus erros pelo mundo” e “Por fim, o meu Imaculado coração triunfará”.
Em 13 de julho de 1917, quando Nossa Senhora dirigiu às crianças de Fátima essas palavras, a minoria bolchevique não havia ainda tomado o poder na Rússia.
Isso acontecerá alguns meses depois com a “Revolução de Outubro”;
Que marca o início da expansão mundial de uma filosofia política que visa minar os fundamentos da ordem natural e cristã.
“Pela primeira vez na história – disse Pio XI na encíclica Divini Redemptoris de 19 de março 1937;
“Estamos assistindo a uma insurreição, cuidadosamente preparada e calculadamente dirigida contra ‘tudo o que se chama Deus’ (cfr. 2 Tess 1, 4)”.
Não houve no século XX crime análogo ao do comunismo, por sua duração, pelos territórios que abraçou, pela veemência do ódio que foi capaz de insuflar.
Após o colapso da União Soviética, esses erros como que se libertaram do invólucro que os continha;
Para se propagarem como miasmas ideológicos em todo o Ocidente, sob a forma de relativismo cultural e moral.
Os erros do comunismo parecem ter penetrado no interior da própria Igreja Católica.
O Papa Bergoglio recebeu recentemente no Vaticano os representantes dos chamados “movimentos populares”;
Representantes da nova esquerda ecolo-marxista e;
Desde o início de seu pontificado, expressou sua simpatia para com os regimes pró-comunistas dos irmãos Castro em Cuba, de Chávez e Maduro na Venezuela;
De Morales na Bolívia, de Rafael Correa no Equador, de José Mujica no Uruguai;
Esquecendo as palavras de Pio XI que, na aludida encíclica Divini Redemptoris, definiu o social-comunismo como “intrinsecamente perverso”.
A Mensagem de Fátima é um antídoto à penetração desses erros.
Seis papas reconheceram e honraram as aparições da Cova da Iria.
Paulo VI, João Paulo II e Bento XVI visitaram o Santuário de Fátima;
Enquanto João XXIII e João Paulo I lá estiveram quando ainda eram os cardeais Roncalli e Luciani.
Pio XII enviou o seu delegado, o cardeal Aloisi Masella.
Quem nunca foi a Fátima, não perca a ocasião de ir, no centenário deste acontecimento.
Quem já esteve uma ou mais vezes, faça como eu: retorne.
Não vai encontrar, pelo menos até a Páscoa, uma grande massa de peregrinos.
Ignore o novo santuário, cuja feiura lembra aquele de São Pio de Pietrelcina em San Giovanni Rotondo;
E restrinja sua visita à capela das aparições, ao antigo santuário, que abriga os restos mortais de Jacinta e Francisco;
E à loca do Cabeço, onde em 1916 o Anjo de Portugal antecipou as aparições aos três pastorinhos.
Fátima revela a seus devotos a gravidade da tragédia do nosso tempo;
Mas também abre o coração para uma esperança invencível no futuro da Igreja e de toda a sociedade.
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Fonte: fratresinunum.com
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