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Mesmo que o seu caso seja diferente, você pode contar com a sua inspiração para lidar com situações difíceis em família
Desde o começo deste mundo, nascemos em família e somos configurados pela família.
E, também desde o princípio, esteve presente na família a pressão do pecado, semeando a discórdia desde Adão e Eva.
Segundo o relato bíblico sobre os primórdios da história da humanidade;
O pecado e a natureza humana caída inseriram a divisão não apenas no primeiro casal;
Mas também entre os seus filhos, culminando no assassinado de Abel pelo próprio irmão, Caim.
Deus, porém, não se rendeu:
Entre as suas inspirações e indicações de amor ao próximo, Ele determinou o mandamento bem específico de “honrar pai e mãe”.
Quando Jesus entrou em cena, confirmou a validade dos mandamentos e a necessidade de obedecer aos pais;
Mas desafiou os indivíduos a escolherem Deus acima de todas as coisas, inclusive dos vínculos familiares.
O cristão não deve descuidar da família, mas, ainda mais importante que isso é amar a Deus, o que, às vezes, acarreta… conflitos familiares.
Houve muitos santos e santas que tiveram de encarar esses conflitos e discernir o que fazer a respeito.
Em alguns casos, o santo em questão estava inicialmente errado e se distanciava da família por causa do pecado;
Já outros precisaram cortar laços familiares deturpados para seguir o chamado do Evangelho.
Vejamos cinco exemplos de homens e mulheres que, em sua trajetória de conversão, não se deram bem o tempo todo com suas famílias:
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1 e 2 – Santa Clara e Santa Inês de Assis
Nasceram de uma rica família de Assis, na Itália.
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Santa Clara ficou profundamente comovida, aos 18 anos, com as pregações de São Francisco sobre viver o Evangelho de forma radical e;
Certa noite, escapou da casa de seu pai com a ajuda da tia, Bianca.
Clara não queria se casar: a sua vocação era dedicar a vida a Deus.
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Uniu-se a São Francisco numa pequena capela, onde trocou seu cinto adornado de joias por uma corda grosseira ao redor da cintura.
Cortou o cabelo e recebeu um véu, confirmando assim a sua entrada num convento beneditino.
Seu pai ficou furioso com a sua recusa a se casar e, acompanhado dos tios de Clara, foi buscá-la no convento para forçá-la a voltar para casa.
Clara se agarrou com força ao altar e revelou o cabelo cortado, símbolo da sua consagração a Deus.
A irmã de Santa Clara, Inês, também fugiu de casa na metade da noite e buscou refúgio no convento beneditino com a irmã.
Furioso com a perda das duas filhas, o pai enviou um tio e vários homens armados para obrigar Inês a retornar.
Tentaram agarrá-la pelo cabelo, mas o seu corpo ficou milagrosamente inamovível e eles tiveram que desistir.
Os familiares de Santa Clara e Santa Inês reconheceram que Deus as protegia e nunca mais tentaram obrigá-las a se afastar dos planos divinos.
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3 e 4 – Santo Agostinho e Santa Mônica
Nascido de pai pagão e mãe cristã, Agostinho foi catecúmeno quando já adulto;
Mas só se batizou tempos depois, quando finalmente se converteu.
Como jovem intelectual que era, o que dirigia a sua vida eram a filosofia e os ensinamentos maniqueístas.
Ele levou na juventude uma vida de pecado e hedonismo à qual não queria renunciar.
Chegava a rezar a Deus pedindo-lhe: “Concede-me castidade e continência, mas não ainda”.
Sua escolha de viver fora do Evangelho doía gravemente à sua mãe, Santa Mônica.
Ela tentou orientá-lo e achou até que impedir o filho de entrar em casa fosse ajudá-lo a recuperar o reto sentido das coisas.
Essa tensão gerou grande estresse na relação entre mãe e filho, mas Santa Mônica persistiu.
Mais adiante, Agostinho decidiu se mudar para Roma. A mãe quis ir com ele.
Durante a viagem de barco, Agostinho lhe pediu que fosse rezar numa capela próxima.
Quando Mônica terminou suas orações e voltou ao porto, viu o barco zarpando sem ela.
Depois de muitos desafios e muita perseverança, Santa Mônica terminou “ganhando”:
Como fruto de suas persistentes orações, o filho finalmente se converteu;
E hoje é reconhecido como um dos santos mais influentes e queridos da Igreja católica.
5 – São Tomás de Aquino
Nascido em uma família nobre italiana;
Tomás de Aquino foi cativado pelo estudo da filosofia desde bem jovem e decidiu entrar na ordem dos dominicanos aos 19 anos de idade.
Sua família, porém, não se entusiasmava muito com a ideia de ver o jovem nobre ataviado como mendigo.
Os dominicanos o enviaram a Roma para viver afastado da influência dos familiares;
Mas, no trajeto, seus irmãos o capturaram e encerraram na fortaleza de San Giovanni, em Roccasecca.
Tomás permaneceu dois anos inteiros ali confinado;
E, durante esse tempo, seus pais, irmãos e irmãs tentaram dissuadi-lo de seguir a vocação religiosa.
Chegaram até a lhe enviar uma prostituta para tentá-lo;
Mas Tomás a pôs para correr usando um ferro da lareira de seu quarto.
A mãe finalmente cedeu depois dos dois anos e organizou uma fuga secreta, na esperança de não trazer vergonha à família.
Tomás desceu por uma janela com a ajuda das irmãs e voltou para junto dos dominicanos;
Retomando uma vida religiosa que o tornou um dos santos mais influentes de toda a história do cristianismo.
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Fonte: aleteia.org
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