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Uma Senhora de aspecto deslumbrante aparece em Fátima (Portugal) a três crianças na Cova da Iria, e lhes revela uma Mensagem destinada ao mundo inteiro.
Era a Santíssima Virgem, que abria assim ao mundo contemporâneo o caminho da conversão e de radiosas esperanças, o que devia dar-se através da oração, da penitência, da mortificação e da mudança de vida.
Bastou que Nossa Senhora lhes aparecesse para que as crianças levassem a sério o que a Mãe do Céu lhes dissera.
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Lúcia, Jacinta e Francisco — assim se chamavam — procuraram meios de se oferecer a Deus como vítimas pelos pecados do mundo, a fim de consolar o Coração Imaculado de Maria.
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Caso a humanidade atendesse aos pedidos de Nossa Senhora em Fátima, converter-se-ia a Rússia, evitar-se-iam as duas guerras mundiais, e seria afastada a crise sem precedentes que grassou na Igreja.
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Mas, como tal não se deu, a Rússia espalhou seus erros pelo mundo subvertendo a sociedade, sobretudo a família e a religião.
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A humanidade foi flagelada por duas grandes guerras que ceifaram milhões de vidas.
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E quem poderia imaginá-lo, com o Concílio Vaticano II e o pós-Concílio, a fumaça de Satanás penetrou na Igreja, segundo constatou o próprio Paulo VI.
Segundo esse Pontífice, pensava-se que “viria um dia ensolarado para a história da Igreja; veio, pelo contrário, um dia coberto de nuvens, de tempestade, de escuridão, de indagação e de incerteza […].
A Igreja atravessa hoje um momento de inquietude. Alguns praticam a autocrítica, dir-se-ia até à autodemolição […]. A Igreja é golpeada pelos que d’Ela fazem parte”.
Por sua vez, diante do predomínio desse quadro, São João Paulo II expressou-se com as seguintes palavras:
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“É necessário admitir realisticamente e com profunda e sentida sensibilidade que os cristãos hoje, em grande parte, sentem-se perdidos, confusos, perplexos e até desiludidos:
Foram divulgadas prodigamente ideias contrastantes com a verdade revelada e desde sempre ensinada;
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Foram difundidas verdadeiras e próprias heresias, no campo dogmático e moral, criando dúvidas, confusões e rebeliões;
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Alterou-se até a liturgia; imersos no “relativismo” intelectual e moral, e, por conseguinte, no permissivismo;
Os cristãos são tentados pelo ateísmo, pelo agnosticismo, pelo iluminismo vagamente moralista, por um cristianismo sociológico, sem dogmas definidos e sem moral objetiva”.
É também esclarecedor o que afirmou o então Cardeal Joseph Ratzinger, Prefeito da Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé e futuro Papa Bento XVI:
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“Os resultados que se seguiram ao Concílio parecem cruelmente opostos à expectativa de todos, a começar do Papa João XXIII e depois de Paulo VI […].
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Os papas e os padres conciliares esperavam a nova unidade católica e, pelo contrário, se caminhou para uma dissensão, que — para usar as palavras de Paulo VI — pareceu passar da autocrítica à autodemolição.
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Esperava-se um novo entusiasmo e, em lugar dele, acabou-se com demasiada frequência no tédio e no desânimo.
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Esperava-se um salto para frente e, em vez disso, encontramo-nos ante um processo de decadência progressiva…”.
E conclui:
“Afirma-se com letras claras que uma real reforma da Igreja pressupõe um inequívoco abandono das vias erradas que levaram a consequências indiscutivelmente negativas.”
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As consequências da crise religiosa, sobretudo em questão de fé e moral, são desastrosas em todos os campos e não se restringiram ao interior da Igreja.
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Basta observar o ambiente que nos cerca, para verificar a crise que abala a família, os costumes, a política, a economia, a educação e o comportamento humano.
Procura então encaminhar a humanidade rumo ao caos.
Donde se compreende a apreensão de Nossa Senhora em Fátima com os rumos que se delineavam em 1917 em vista da ascensão do bolchevismo na Rússia.
Nessa ocasião a Virgem Santíssima previu que este país seria a grande ameaça para a Igreja e para o mundo.
Fonte: abim.inf.br