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No livro “Le purgatoire d’ápres les revelations des Saints”, escrito por Mons. Louvet, narra-se um fato impressionante da proteção das almas aos que a elas socorrem com sufrágios.
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O padre Luiz Monaci, religioso dos Clérigos Menores, era muito devoto das almas. Em toda parte e em todas as ocasiões procurava meios de ajudar essas almas sofredoras.
Em uma noite, em viagem, teve de atravessar sozinho uma planície deserta e perigosa, porque, infestada de bandidos e assaltantes. Haviam já tirado a vida a muita gente para roubar.
Pelo caminho, o bom padre não perdia tempo: ia recitando piedosamente o rosário de Maria pelas almas do purgatório.
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Ao avistar de longe o sacerdote, sozinho e desprovido de armas, um grupo de ladrões se preparou para o assaltar e puseram-se de emboscada.
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Qual não foi o espanto quando ouviram o soar de trombetas e um grupo de soldados que marchava armado ao lado do padre.
Aterrorizados, esconderam-se, pensando que eram soldados que os vinham prender. Viam entretanto o padre muito tranqüilo a caminhar, recitando o rosário.
Entrou este numa hospedaria próxima. Enquanto o padre ceava, dois bandidos curiosos se aproximaram e perguntaram:
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— Que padre é este que anda acompanhado pelas estradas de soldados que o protegem?
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— Aqui não chegou soldado algum e este padre nunca andou assim em viagem…
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Os bandidos, curiosos, procuraram entrar em palestra com o sacerdote e perguntaram-lhe do batalhão que o escoltava.
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— Meus filhos, eu ando sozinho pelos caminhos. Só tenho um companheiro, o meu rosário, que recito sempre pelas santas almas do purgatório para que elas me protejam.
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– Pois bem, padre, confessa um bandido, estas almas vos salvaram. Estávamos na estrada prontos para o despojar e matar.
E só não o fizemos porque um batalhão vos seguia pela estrada. Aterrorizados, fugimos e viemos aqui saber do que se trata. Cremos que as almas das quais sois tão devoto vos salvaram da morte…
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Os bandidos, tocados pela graça, ali mesmo, de joelhos, pediram perdão dos pecados e confessaram-se humildemente.
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Muitos outros autores contam inúmeros casos de proteção das santas almas em favor dos seus benfeitores.
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Na verdade, mesmo nas coisas temporais aqueles caridosos que nunca se esquecem de socorrer as benditas almas do purgatório;
Podem contar com uma proteção segura da divina Providência em todas as circunstâncias difíceis, porque Deus sempre recompensa esta grande caridade.
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Fonte: Socorramos as almas do purgatório – Mons. Ascânio Brandão – Edições Paulinas – 2ª. Edição – 1954 – pp. 78-80
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