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Na diocese de Laon se acha o célebre santuário de Nossa Senhora de Lièsse. Este nome significa Nossa Senhora da Alegria, e foi dado em memória dum acontecimento feliz que o santuário de Lièsse recorda.
Durante o reinado de Fulco de Anjou, quarto rei de Jerusalém, três fidalgos de Laon, partidos para a Cruzada, foram feitos prisioneiros e conduzidos ao Cairo.
O sultão tentava, por ameaças e seduções, fazê-los abjurar a sua fé. Não conseguiu abalar a piedosa fidelidade de seus prisioneiros;
Pelo contrário, estes converteram a filha do príncipe, que decidiu não só deixá-los evadir-se, como também os acompanhou.
A evasão produziu-se sem embaraço, levando os fugitivos consigo uma imagem da Santíssima Virgem.
Mas a sua situação era muito perigosa, e, uma noite, abatidos pela fadiga e incertos do futuro, adormeceram desanimados.
Ao despertar, qual não foi a surpresa! Reconheceram sua terra natal. Estavam em França. Em uma noite foram transportados milagrosamente do Egito para a sua pátria.
No outro dia, acharam no mesmo lugar a estátua de Nossa Senhora, que trouxeram na fuga.
Como explicar a sua alegria e sua gratidão pelo milagroso livramento? Fizeram erigir à Maria um santuário onde aprouve à Virgem Santíssima multiplicar os beneficios e as graças.
Peçamos à Mãe de Deus que nos seja refúgio nas nossas tribulações, e confiemos todas as nossas alegrias àquela que a Igreja chama de Mãe da Esperança e de Santa Alegria.
N.B.: Os milagres da época do fato narrado acima, multiplicavam-se porque então se vivia um verdadeiro Catolicismo.
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Fonte: (Mês de Maria, Pe. B. Bord – Editora Vozes Ltda, Petrópolis – 1ª. edição, 1940, pp. 72 – 74).
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