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Continuação do post: Hoje é o dia da Padroeira das Américas – Nossa Senhora de Guadalupe! Leia esta reflexão: (Parte I)
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A respeito deste acontecimento, vários comentários se podem fazer.
Desses, creio que o mais interessante é aquele em que tem havido menos insistência: sobre a atitude de Juan Diego diante de Nossa Senhora e a linguagem que ele tem para com Ela.
Digo isso porque os outros aspectos da questão – a saber, que Nossa Senhora se compraz em aparecer aos humildes;
Que procura as pessoas simples para mandar recados às grandes, que busca as almas castas para que sejam Seus porta-vozes -;
Se tem feito em tantas aparições, que me parece que não há uma razão especial para insistirmos sobre isso na noite de hoje.
Mas a linguagem e a atitude do índio para com Nossa Senhora tem um sabor extraordinário.
Ela o trata como um filho de uma nação que está em decadência, de um índio, de um povo que está desaparecendo, mas é uma alma pura, uma alma simples.
Ela o trata, então, com um carinho extraordinário, quase como se faz com uma criança.
A gente vê, de um lado, a predileção que Nossa Senhora tem não só pelas almas grandes, heroicas, que realizam feitos históricos mas, por outro lado, como Ela ama todas as formas de beleza;
Todas as formas de virtude, o amor que também tem pelas almas simples, pequenas, que Lhe são inteiramente voltadas e que ignoram a sua própria virtude;
Como Ela fala a essas almas com uma ternura completamente particular.
Depois, temos a atitude de Juan Diego para com Nossa Senhora: ele Lhe dirige a palavra como um verdadeiro cortesão, saúda Nossa Senhora, pergunta como Ela vai passando, se está bem…
E depois de ter descrito o fracasso da missão que teve, porta-se como um verdadeiro diplomata e Lhe explica a razão humana de seu insucesso.
Ao mesmo tempo, manifesta seu desejo de não aparecer, de não brilhar.
Os senhores estão vendo todas as qualidades de alma que entram nisso.
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Resultado: Nossa Senhora aprecia sua atitude
Sorri para o conselho diplomático e não o aceita.
Pelo contrário, exige que ele volte. Juan Diego, obediente, retorna, pois não tem preguiça, não lhe faz resistência, é filho da obediência.
Recebeu ordem? Nossa Senhora quer mesmo? Ele volta de novo!…
Nossa Senhora reproduziu Sua imagem no manto de Juan Diego, o qual morreu em odor de santidade e se cuida de sua canonização.
Aqui os senhores têm um princípio que desejo salientar: onde existe a verdadeira virtude, aparece a delicadeza, a cortesia, as maneiras nobres.
Pelo contrário, onde a virtude morre, as maneiras nobres, a delicadeza e a cortesia vão desaparecendo…
Juan Diego, como tem delicadeza de alma, sabe ter delicadeza de maneiras, e sabe tratar Nossa Senhora com respeito, com uma verdadeira fidalguia.
Pelo contrário, se não tivesse delicadeza de alma, ele poderia ser um fidalgo, mas não trataria Nossa Senhora com verdadeira fidalguia.
O que, por sua vez, prova o seguinte:
Se a civilização ocidental desenvolveu as boas maneiras, a fidalguia do trato, o senhorio, o garbo, o tônus aristocrático até um ponto aonde nunca nenhuma civilização atingira;
Isso se deve porque houve uma Idade Média, aonde essas coisas nasceram e continuaram a se desenvolver mesmo depois do fim dessa época.
Houve um momento de alta virtude, de alta piedade, onde as almas ficaram ávidas de nobreza de trato, de delicadeza, de grandeza.
E como os costumes nascem da avidez das almas boas ou más, daí germinou – no solo sagrado da Europa Cristã – toda a cortesia ocidental, filha precisamente dessa piedade e virtude.
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Quando veio a Revolução…
Que trincou a vida espiritual da Europa, quando entraram os princípios igualitários no espírito do europeu, começou imediatamente a decadência. Por que?
Porque debaixo deste ponto de vista, Revolução, igualitarismo, falta de delicadeza de sentimentos e falta de nobreza de maneiras são coisas completamente correlatas.
E não pode ter nobreza de maneiras, nem delicadeza de sentimentos, quem é igualitário.
Quem é igualitário tem o contrário dentro de si:
É egoísta, brutal, tende para o regime de massa, não quer reconhecer os méritos e as qualidades dos outros mas, pelo contrário, quer sujeitar toda a vida social e;
Todo convívio humano e, portanto, todo o trato das almas a uma dura, fria e rude igualdade.
Então, os senhores têm a baixa do tônus aristocrático da Europa e o aparecimento dessa coisa monstruosa que é o estilo hollywoodiano;
Que é exatamente o igualitarismo e a falta de elevação de trato.
Mas os senhores têm para além disso, como etapa posterior da Revolução, o igualitarismo total soviético, a crueldade soviética;
A brutalidade soviética que é o extremo oposto daquela delicadeza que germinava na alma virginal, sobrenatural e tão delicada do nosso bom Juan Diego.
Assim, os senhores compreendem bem até que ponto a cortesia e o tônus aristocrático são filhos da Igreja Católica, Apostólica, Romana.
E, pelo contrário, as maneiras triviais, baixas, igualitárias, brutas são – precisamente – o fruto da Revolução e do demônio.
Fica aqui um comentário a respeito das maneiras e da alma desse bom Juan Diego.
Que Nossa Senhora de Guadalupe rogue por nós!
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Fonte: www.pliniocorreadeoliveira.info
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