Prof. Plinio Corrêa de Oliveira ressalta importância da moral católica quanto ao aborto.
“A IGREJA FOI instituída por Nosso Senhor como mestra da Moral, e excluí-la de qualquer assunto de natureza moral significa excluir o próprio Jesus Cristo.
O que infelizmente não é raro acontecer em órgãos de comunicação social em nossos dias, ao apresentar para o grande público a questão do aborto“, declarou à imprensa o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira, Presidente do Conselho Nacional da TFP.
“Devo ressaltar — prosseguiu — que me parece pelo menos muito questionável que assuntos desses sejam debatidos, por exemplo, pela televisão.
Pois o formidável poder de penetração desta põe-na ao alcance até de qualquer criança curiosa.
É portanto de se desejar que tal debate se dê invariavelmente nos termos doutrinários e técnicos que o direito à vida impõe”.
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O que diz o Clero?
“Seria falso dizer — assinalou o pensador católico — que o Clero de nossos dias se mostra inerte na pregação da Moral cristã.
Pelo contrário, noto que seus membros mostram-se ativos e até excitados.
Mas é freqüente que essa atividade se concentre tão insistentemente nos pontos de Moral concernentes às relações capital-trabalho, que os outros pontos essenciais da Doutrina Católica ficam relegados a um segundo plano.
“Lembro-me, por exemplo, de certa declaração do Cardeal D. Eugênio Sales, feita em louvor do Cardeal Mota.
Referindo-se a uma enérgica intervenção do então recentemente falecido Prelado contra o divórcio, o Cardeal Sales comentava que essa medida destruidora da família talvez não tivesse vencido anos depois, se a nova investida divorcista tivesse encontrado da parte dos Bispos do Brasil a mesma firmeza.
“À vista da criteriosa observação do Cardeal Sales — acrescentou o catedrático paulista — salta-me à vista o contraste: vejo incontáveis clérigos entregues a uma obsedante insistência em matéria de relações capital-trabalho, aliás quase sempre num sentido esquerdista.
E temo que na luta contra o aborto se passe algo ainda muito mais acentuado do que em relação ao divórcio”.
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Assassinato
“Na Espanha a Hermandad Sacerdotal, prestigiosa organização que congrega membros do Clero espanhol, afirmou que cada aborto constitui um assassinato.
Assim, à medida em que a impunidade legal venha a favorecer no Brasil que o aborto se introduza em nossos costumes, ocorrerá um número indefinidamente crescente de assassinatos.
Tudo isso abre como que um rio de pecados a `bradarem aos céus clamando por vingança’, segundo a expressão do Catecismo”.
E concluiu o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira:
“No plano social, as chamadas uniões livres só podem concorrer para a multiplicação do número de abortos.
De outro lado, os vínculos do matrimônio são debilitados pelo aborto, pois quanto mais numerosos os filhos, tanto mais se robustecem os vínculos afetivos e morais entre os pais.
Tudo isso redunda, portanto, em mais um fator de debilitação da família e de toda a sociedade brasileira”.
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Revista Catolicismo, N° 392, Agosto de 1983
Fonte: http://www.pliniocorreadeoliveira.info/
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