por Peter Chojnowski, Ph.D.
O Milagre do Sol aconteceu no dia 13 de Outubro de 1917 na Cova da Iria, que fica perto de Fátima, uma aldeia de Portugal.
Foi a pastorinha Lúcia que, em 13 de Julho de 1917, pediu à Virgem Santíssima “para fazer um milagre com que todos acreditem que Vossemecê nos aparece.”
Repare-se que a Lúcia quer que “todos” aceitem a Mensagem e a aparição de Nossa Senhora aos pastorinhos, pois ela bem sabia que a Mensagem não se destinava só aos três pastorinhos, destinava-se ao mundo inteiro.
Nossa Senhora respondeu a este pedido prometendo uma coisa muitíssimo específica: a Senhora disse que viria fazer “um milagre que todos hão-de ver, para acreditarem” em Outubro.
Temos aqui a indicação de uma altura específica e de uma audiência universal;
Esta promessa de um milagre foi repetida pela Mãe de Deus nas Suas aparições de 19 de Agosto e 13 de Setembro.
Vemos nisto o alcance da Mensagem de Fátima – que o Milagre havia de verificar e confirmar – haveria um milagre para todos verem, de modo a confirmar a verdade e a urgência contidas na própria Mensagem.
E seria feito para todos verem e, portanto, para que todos acreditassem.
O que aconteceu naquele dia, naquele campo de Portugal? Que este milagre realmente aconteceu, não pode haver qualquer dúvida.
O que é mais impressionante, contudo, é que ninguém se questionou sobre qual seria o verdadeiro conteúdo desse acontecimento;
Mais ainda, nunca li qualquer tentativa de refutação ou um cenário alternativo sobre o que naquele dia aconteceu na Cova da Iria.
A única resposta dos seus potenciais antagonistas seria ignorar aquele evento.
Contudo, a Bem-Aventurada Sempre Virgem Maria parece que tornou o acontecimento intencionalmente tão óbvio que teria sido impossível que alguém o ignorasse.
É de admirar que, no nosso tempo, nós possamos ignorar o Milagre do Sol, porque ninguém naquela altura o ignorou.
70 mil pessoas, tanto crentes como descrentes, assim como repórteres de diversos jornais seculares e até anti-Católicos assistiram ao evento e noticiaram-no.
Naquele frio e enevoado dia 13 de Outubro, a multidão estava encharcada até aos ossos e de pé num mar de lama, devido à chuva torrencial que caíra naquele dia.
Todavia, exatamente à hora predita – ao meio-dia da hora solar – começou o milagre.
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As nuvens primeiro abriram-se e a chuva parou instantaneamente.
O sol, agora brilhante e perfeitamente visível por todos, parecia transformar-se num disco de prata que os olhos desprotegidos podiam var sem qualquer dificuldade.
Então, durante os 12 minutos seguintes, o sol dançou no céu, ziguezagueando para um lado e para outro, emitindo as cores brilhantes do arco-íris, antes de se precipitar sobre a terra, aterrorizando a multidão, e regressando à sua posição no céu.
Podemos ler a descrição deste milagre, feita por um homem que esteve lá naquele dia e que lá se deslocou não esperando ver nada e ser uma testemunha hostil.
Mas este jornalista, Avelino de Almeida, do jornal maçônico O Século, escreveu na altura o seguinte – e até publicou fotografias do acontecimento:
“Do cimo da estrada, onde se aglomeram os carros e se conservam muitas centenas de pessoas, a quem escasseou valor para se meterem à terra barrenta, vê-se toda a imensa multidão voltar-se para o sol, que se mostra liberto de nuvem, no zênite.
O astro lembra uma placa de prata fosca e é possível fitar-lhe o disco sem o mínimo esforço. Não queima, não cega…
Mas eis que um alarido colossal se levanta, e aos espectadores que se encontram mais perto se ouve gritar:
Milagre! Milagre!… Maravilha!… Maravilha!
Aos olhos deslumbrados daquele povo, cuja atitude nos transporta aos tempos bíblicos e que, pálido de assombro, com a cabeça descoberta, encara o azul, o sol tremeu, o sol teve nunca vistos movimentos bruscos, fora de todas as leis cósmicas – ‘o sol bailou,’ segundo a típica expressão dos camponeses.”
Este é o relato do Sr. Avelino de Almeida.
Embora fosse atacado pelos seus companheiros maçons por ter publicado a descrição do Milagre do Sol, recusou-se a retratar a sua história, chegando mesmo a publicar uma narrativa semelhante dos acontecimentos duas semanas mais tarde – e desta vez com fotos.
Contra factum non argumentum est. “Contra fatos não há argumentos.”
O Milagre do Sol é o único milagre público pré-anunciado da História Mundial.
Nunca antes anunciara Deus com antecedência um milagre que iria ser publicamente operado, e especialmente com o propósito de confirmar uma Mensagem profética, destinada a toda a humanidade, e silenciar os inimigos de Deus.
Até mesmo o maior milagre de todos os tempos – a Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo – não foi um milagre público desta magnitude, porque o Cristo Ressuscitado não apareceu logo a
dezenas de milhar de pessoas para as converter a que acreditassem.
Além disso, a grandeza cosmológica do milagre é sem precedentes.
Até o milagre de Josué, que aumentou o dia parando o sol, não se lhe pode comparar.
Porquê, este milagre sem precedentes?
Por uma razão evidente: porque a Mensagem de Fátima também é sem precedentes, única tanto nas bênçãos prometidas como nos castigos anunciados.
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Fonte: www.fatima.org
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Neste Centenário da Mensagem de Fátima, no dia de sua última aparição, não deixe de acender sua vela na
Missa da última aparição de Nossa Senhora de Fátima!