“Bem sabeis que daqui a dois dias será celebrada a páscoa; e o Filho do homem será entregue para ser crucificado”. (São Mateus 26,1)
A quinta-feira que precede a páscoa é o dia em que os cristãos refletem sobre a morte de Nosso Senhor Jesus Cristo. Foi na quinta-feira que Jesus tomou a ceia com os discípulos, e os anunciou que naquela mesma noite um dentre eles O havia de trair, entregando-O nas mãos dos príncipes, dos sacerdotes e dos anciãos de Israel.
E assim aconteceu.
Judas Iscariotes, um dos doze que O seguiam há três anos, quando Cristo começou sua ação pública, que esteve com Jesus na Santa Ceia, que comeu no mesmo prato e bebeu no mesmo cálice, que teve os pés lavados por Nosso Senhor Jesus Cristo, O traiu com um beijo. Este homem que teve íntima comunhão com o Mestre, delatou o Messias para ser escarnecido pela multidão que, há poucos dias, recebera Jesus com grande festa em Sua entrada triunfal em Jerusalém, no Domingo de Ramos.
“Mas tudo isto aconteceu para que se cumprissem as Escrituras dos profetas”. (São Mateus, 26,51)
A Sagrada Eucaristia da quinta-feira não serve tão só para que nos entristeçamos com os padecimentos da Paixão de Cristo e tampouco para que nos alegremos com a esperança da ressurreição. É também o momento de refletirmos sobre o que temos feito para honrar e corresponder ao sacrifício de Nosso Senhor Jesus Cristo, que, por amor a nós, derramou Seu Sangue, para que tivéssemos a esperança e a certeza da possibilidade da salvação eterna, e desfrutar assim dos esplendores da Jerusalém Celeste, numa íntima e perfeita união com a Santíssima Trindade.
Há, em sua família ou no seu círculo de amizade, alguém que ainda não tem a esperança da salvação eterna, pelos méritos da morte que Cristo padeceu, por nós, na Cruz?
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