A irmã Lúcia nos conta em suas memórias o caso da conversão de uma mulher que sempre os insultava e perseguia os pastorinhos…
Havia, no nosso lugar, uma mulher que nos insultava sempre que nos encontrava.
Um dia, quando ela saía de uma taberna, e como a pobre mulher não estava em si, dessa vez, não se contentou só em nos insultar.
Quando terminou, a Jacinta me disse:
– Temos que pedir a Nossa Senhora, e oferecer-lhe sacrifícios pela conversão desta mulher. Diz tantos pecados que, se não se confessa, vai para o Inferno.
Passados alguns dias, corríamos em frente da porta da casa desta mulher. De repente, a Jacinta pára no meio da sua corrida, e voltado-se para trás, pergunta:
– Olha! É amanhã que vamos ver aquela Senhora?
– É, sim. – Então, não brinquemos mais. Fazemos este sacrifício pela conversão dos pecadores.
A mulherzinha espreitava por um postigo da casa, e depois, dizia ela a minha mãe, que a tinha impressionado tanto aquela ação da Jacinta, que não necessitava de outra prova para crer na realidade dos fatos.
E, daí para o futuro, não só não insultava, mas pedia-nos continuamente para pedirmos por ela a Nossa Senhora, que lhe perdoasse os seus pecados.
Leia Memórias da Irmã Lúcia (parte I)
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