Plínio Correa de Oliveira
Continuação do post – Uma breve noção… Da GRANDEZA do Nascimento de Nosso Senhor (Parte I)
Neste ponto há que se fazer uma retificação a respeito de algo que a iconografia da Renascença deformou completamente.
Ela apresenta o Menino Jesus como uma criancinha bobinha, para dar a idéia da suma pureza do Menino Jesus. Mas uma criancinha inexpressiva, que está brincando, se ajeitando, e na qual não há ainda nenhuma indicação de mentalidade. Tenho enorme dificuldade em admitir que isto tenha sido assim.
A meu ver, pelo contrário, tudo aquilo que nós admiramos em Nosso Senhor adulto, – a elevação, mais que elevação, transcendência; uma alma de tal maneira elevada que está colocada inteiramente em outra região e lembra aquela frase dEle: “Meus caminhos não são vossos caminhos nem as minhas cogitações são as vossas cogitações”.
Aquela posição interior de Nosso Senhor em que se vê que Ele tem todo um céu interno dentro do qual está, e do alto do qual olha com bondade para a humanidade; mas é uma bondade sobre uma humanidade distante, que a misericórdia dEle torna próxima.
Todo aquele equilíbrio, distinção, afabilidade e força de Nosso Senhor; tudo isto que faz que na Sacratíssima face dEle se exprimam perfeições morais verdadeiramente inefáveis – tudo isto eu tenho a impressão que já [estava] expresso na face e no corpo do Menino Jesus.
E é de tudo isto que o Natal é uma primeira manifestação e para tudo isto convergiu a adoração de Nossa Senhora. A adoração de Nossa Senhora, a adoração de São José que estava perto dEla e que participava deste ato de adoração como esposo dEla e como pai do Menino Jesus.
Que Nossa Senhora, naquela união de alma com Nosso Senhor, estivesse tendo uma relação que nós nem bem entendemos, é evidente.
Da parte de São José os senhores podem imaginar a ternura, o respeito, o entusiasmo, a adoração, a veneração vendo aquele Menino que ele sabia que era filho do Espírito Santo e de Nossa Senhora, – mas legalmente filho dele e que em parte na pessoa dele se tornava filho de David e cumpria
as profecias.
E ele olhar para aquele Menino e pensar que, afinal de contas, aquele Menino era o Deus dele e o Deus de todos os homens; e ao mesmo tempo era filho dele, era o filho da esposa dele.
O que aquilo deveria representar, considerando a santidade de Nosso Senhor que resplendia de todo presépio, que resplendia de toda a pessoa dEle sobretudo?
Esta idéia, portanto, da manifestação da pessoa humana, ou do corpo humano de Nosso Senhor Jesus Cristo no Natal, como manifestação de Sua santidade de alma, santidade que é a manifestação da dignidade hipostaticamente unida à natureza humana, isto eu tenho a impressão de que é o que deveria extasiar!
E é o que na noite de Natal nós mais devemos considerar.
Há uma porção de santinhos que apresentam a noite de Natal, a cena de Natal com o berço do menino Jesus cheio de luz e o menino com uma carinha de bobinho.
A luz não estava na palha, a luz estava no Menino, sobretudo na fisionomia do Menino, na face sacratíssima do Menino.
É isto que me parece constituir uma meditação interessante para o Natal, e que podemos ir exercitando durante estes dias, termos por tema de piedade durante estes dias.
Vamos pedir a Nossa Senhora e a São José que nos façam entender bem isto e que nos deem alento para um Natal verdadeiramente recolhido e piedoso neste mistério criado por este pensamento.
* * *
Fonte: pliniocorreadeoliveira.info
2 Comentários
Sou contra as doutrinações: socialista, comunista e bolivarianista nas escolas (sejam elas: nas escolas públicas ou privadas).
PERFEITO. MINHAS DÚVIDAS FORAM ESCLARECIDAS. E É ISSO QUE TAMBÉM PENSO. FELIZ NATAL EM JESUS, VERDADEIRA LUZ, VERDADEIRO DEUS, VERDADEIRO ANIVERSARIANTE, VERDADEIRO DEUS, DESDE SEU NASCIMENTO, ETERNAMENTE AMÉM.