Quantas almas, no mundo inteiro, vão perdendo a Fé? Pensemos no incalculável número de jornais ímpios, rádio-emissões ímpias, de que diariamente se enche o orbe.
Pensemos nos inúmeros obreiros de Satanás que, nas cátedras, no recesso da família, nos lugares de reunião ou diversão, propagam idéias ímpias. De todo este esforço, quem há de admitir que nada resulte? Os efeitos de tudo isto estão diante de nós.
Diariamente, as instituições, os costumes, a arte se vão descristianizando, indício insofismável de que o próprio mundo se vai perdendo para Deus.
Não haverá em tudo isto uma grande conjuração? Tantos esforços, harmônicos entre si, uniformes em seus métodos, em seus objetivos, em seu desenvolvimento, serão mera obra de coincidências?
Onde e quando, intuitos desarticulados produziram articuladamente a mais formidável ofensiva ideológica que a História conhece, a mais completa, a mais ordenada, a mais extensa, a mais engenhosa, a mais uniforme em sua essência, em seus fins, em seu evoluir?
Não pensamos nisto. Nem percebemos isto. Dormimos na modorra de nossa vida de todo o dia. Por que não somos mais vigilantes?
A Igreja sofre todos os tormentos, mas está só. Longe, bem longe dEla cochilamos. É a cena do Horto que se repete.
A bem dizer, a Igreja nunca teve tantos inimigos, e, paradoxalmente, nunca teve tantos “amigos”.
Ouçamos os espíritas: dizem que não movem guerra nenhuma à religião, e ao Catolicismo menos ainda do que a qualquer. Entretanto, a vida de todos eles, comunistas, espíritas, protestantes, não é desde a manhã até à noite outra coisa, senão uma conspiração contra a Igreja.
Também eles tem os lábios prontos para o ósculo, embora em sua mente já hajam decidido de há muito, exterminar a Igreja de Deus.
2 Comentários
Desculpe-me, sou católico e rezo o Terço semanalmente duas vezes, vou à missa, não com muita frequência, mas quando vou comungo… Gosto também do espiritismo Kardecista, e sabe por que gosto? Porque a linha espiritual é a mesma da Igreja, com uma diferença: é tradicionalmente original, conservador em sua linha de evangelização que fala de reencarnação enquanto a Igreja Católica fala de ressurreição, o que para mim só mudam as palavras. Eu não gosto dos atuais batuques e ritmos nos “cânticos” das missas na Igreja, que não vai demorar muito, pelo andar da carruagem, serão implantados sambas e axés. Sou mais pela Missa tradicional sem tambores e pandeiros. A alegria que querem imputar à Cristo, com esses ritmos musicais, na verdade deveria ser repensada e trilhar sonoramente com Piano ou mesmo teclado mais puro, sem baterias e pandeiros ou similares. Não vejo o Espiritismo Kardecista como antagônico à Igreja, o que vejo é a Igreja entrando na mesma linha das igrejas improvisadas em galpões dos vendilhões da palavra de Deus, Edir Macedo, Roberto Soares e outros oportunistas e aproveitadores da busca das pessoas. A Igreja precisa ser repensada, padres precisam ser pessoas normais para que assim seja evitado o índice alarmante do homossexualismo e outros nas entranhas da Igreja.
Sr. Djalma Gomes,
Bom Dia!
Achei interessante a sua observação de que esses ^cânticos” das missas não vou demorar muito e, pelo andar da “carruagem”, serão implantadas, na própria Igreja, sambas e axés. Será exatamente isso, também a meu ver. O mal é processivo. Ele não para. Tende para o seu extremo… Por exemplo, o divórcio vai dar em amor livre. É mais ou menos o que já presenciamos hoje.
As cerimônias tradicionais já são outra coisa. Elas indicam a presença de Deus, acalma, permite recolhimento para as orações. Mas, o demônio não quer permitir isso e já fez a maior parte da Igreja preferir a demagogia e a adesão ao mundo. O Concílio Vaticano II tem uma parte que se chama “Consagração do Mundo”. Ora, Nosso Senhor e o mundo (entendido no sentido do apego aos bens terrenos) são irreconciliáveis, pois o príncipe deste mundo é o demônio. Então, quem se “consagra” ao mundo, muda de partido e adere ao fabricante de trevas…
Agora, já quanto à questão do espiritismo, o senhor se engana completamente. Encarnação e Ressurreição são coisas completamente diferentes. A encarnação, segundo a doutrina espírita, consiste em a pessoa morrer e seu espírito ir encarnando novamente, sucessivamente, para se aperfeiçoar. Ora, essa ideia decorre de uma concepção errônea do que seja a alma humana (espiritual) e sua união com o corpo (material). Há uma união substancial. Ou seja, a alma é a forma do corpo. E, na medida em que ela forma o “seu” corpo, ela também toma uma determinada forma, por ser uma união substancial. Quer dizer, tonam-se (os dois) um só ser. Não são dois seres unidos! O homem é um só ser, embora composto de alma e corpo. Se realmente houvesse “encarnação” haveria uma recomposição do mesmo corpo daquela pessoa, pois a alma fica incapaz (impossibilitada) de formar outro corpo distinto do anterior. A não ser assim, ela se de-for-ma-ria. Não seria mais a mesma alma. O que, para um ser espiritual, é impossível. Uma vez existindo de um jeito, o ser espiritual permanece para sempre.
A ressurreição dos mortos, como ensina a doutrina Católica, já é tem outro significado, é diferente. Só se dará no final dos tempos e nunca mais! A ressurreição será para recompor a pessoa. Ou seja, para ela se tornar completa novamente, de corpo e alma. A morte (separação da alma e do corpo) é um castigo temporário. Só depois de unidos é que a pessoa inteira (alma e respectivo corpo) irá para a Bem-aventurança eterna ou para os suplícios eternos do Inferno. Não há transmutação, pois a alma terá tomado uma decisão (por Deus ou contra Deus), final e irrevogável.
Outra questão é sobre a comunhão. Se o senhor receber a Sagrada Comunhão tendo essas ideias favoráveis ao espiritismo será uma comunhão sacrílega. Com ela, nessas condições, o senhor estará “comprando a sua condenação” pois estará recebendo de forma indigna o Corpo e o Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Assim sendo, a minha sugestão é o senhor rejeitar completamente o espiritismo, confessar-se, para então poder comungar dignamente. Do contrário, é melhor não comungar, mesmo continuando (como convém) a ir às Missas, de preferencia no rito tridentino, hoje chamado de “forma extraordinária”.
A melhor maneira de nós praticarmos aquilo que Nosso Senhor nos ensinou e que a Igreja Católica (só ela) nos transmite, é tendo a devoção à Santíssima Virgem. É o que eu recomendo de todo coração ao senhor.
Cordialmente,
Marcos Aurélio Vieira