Um comentário que não se acostuma ouvir sobre Lourdes.
Todo mundo diz que a proclamação do dogma da Imaculada Conceição teve um duplo aspecto no espírito de Pio IX.
Em primeiro lugar, a afirmação de um dogma de grande importância para o progresso da mariologia dentro da Igreja.
Em segundo lugar, a afirmação desse dogma, primeiro como dogma, depois como dogma tão profundamente anti-igualitário que esmagaria o ceticismo do século.
E os milagres de Lourdes são de natureza a esmagar o ceticismo.
Eles vieram confirmando o dogma uma vez que Nossa Senhora declarou que Ela era a Imaculada Conceição.
É uma espécie de prêmio e de confirmação da veracidade do dogma definido.
Pio IX aí fez exatamente o contrário do que satisfazer a Revolução, fez exatamente o contrário de dar a carne para a fera.
E essa estratégia é a seguinte: a impiedade a gente enfrenta. Não se faz gentilezas, nem se recua, mas se enfrenta.Então, a Providência intervém dando uma série estupenda de milagres, que são, debaixo desse ponto de vista, a confirmação de uma estratégia.
Há, portanto, uma dupla confirmação no fato de Lourdes: a confirmação do dogma e a aprovação da oportunidade.É, portanto, o caráter anti-revolucionário autêntico dessa oportunidade que não pode se deixar de considerar quando se medita a respeito de Lourdes.
Há, portanto, uma dupla confirmação no fato de Lourdes: a confirmação do dogma e a aprovação da oportunidade.É, portanto, o caráter anti-revolucionário autêntico dessa oportunidade que não pode se deixar de considerar quando se medita a respeito de Lourdes.
(Autor: Plinio Corrêa de Oliveira, 8.12.63. Sem revisão do autor)