Continuam na Ásia e no mundo as iniciativas para obter a libertação de Mons. Taddeo Ma Daqin, bispo auxiliar de Xangai, que no dia de sua sagração teve a coragem de romper com a Associação Patriótica, órgão da repressão socialista.
O bispo foi imediatamente preso pela policia e está “desaparecido”.
A agência AsiaNews informou que o Cardeal Joseph Zen, bispo emérito de Hong-Kong, presidiu na igreja de Santa Margarida desta cidade, a uma celebração nas intenções do bispo sequestrado, com a presença de mais de 800 católicos.
O Cardeal acusou os representantes do governo comunista de interferência na vida da Igreja. De fato, a prepotência e a violência têm sido a única atitude estável do regime face aos católicos fieis à Roma e que recusam pactos com o socialismo.
Mas o corajoso Cardeal foi além: ele apontou personalidades da própria Igreja que “se tornaram escravos do mal” devido à troca de benefícios e premiações materiais oferecidas pelo comunismo.
A política de distensão da Santa Sé em relação aos déspotas marxistas de Pequim tem contribuído para arrefecer a resistência dos católicos diante das incitações do mal.
O cardeal também rezou pela liberdade dos outros bispos e sacerdotes que hoje gemem em cárceres socialistas por vezes desconhecidas, enquanto a Ostpolitik vaticana troca presentes e benefícios com os carcereiros.
Antes da Missa, por volta de 200 católicos rezaram o terço diante da sede dos representantes de Pequim em Hong-Kong, pedindo a libertação de Mons. Daqin, de Mons. Cosme Shi Enxiang, bispo de Yixian, e do Pe. Lu Genjun, vigário geral de Baoding, além de outros.
Mereceram uma especial menção os dois sacerdotes de Harbin que foram obrigados a se afastar de suas paróquias por se recusarem a participar de uma sagração episcopal ilícita naquela cidade.
O jornal filipino “Philippine Daily Inquirer” comparou a resistência de D. Thaddeus Ma Daqin à de Tomás More, o Lorde Chanceler da Inglaterra que resistiu até ao martírio às injunções iníquas do rei Henrique VIII, fundador da falsa igreja anglicana.
Decapitado em 1535 pela sua fidelidade à Igreja, da qual se tornou uma das luminárias no Céu, São Tomás More hoje está também nos altares.
Fonte: Blog Pesadelo chinês