As próximas eleições são importantes, pois nos municípios está a base da vida política nacional já que vereadores e prefeitos darão, depois, o apoio aos candidatos a deputados estaduais, federais e governadores e à própria “escolha” do mandatário supremo do país. É fundamental então escolher da melhor maneira possível (ou menos pior possível) quem deva ser o prefeito e os vereadores.

Nesse sentido convém termos alguns critérios para discernir quais escolhas a fazer.

É fundamental o conhecimento das opiniões e das atitudes dos candidatos a respeito das principais questões religiosas e morais em debate no momento, para que depois se possa cobrar coerência nos seus procedimentos administrativos e legislativos.

As principais questões em jogo, no momento, são aquelas que mais próxima ou remotamente se referem aos pecados que bradam aos céus e clamam a Deus por vingança.

Esses pecados são os mais graves e funestos porque são odiosíssimos e diretamente contrários ao bem da humanidade, provocando, mais que os outros pecados, os castigos de Deus. Por isso os legisladores e governantes devem atuar de maneira a impedir que sejam praticados e nunca agir de maneira a favorecê-los, muito menos incentivá-los.

Esses pecados são:

1) homicídio voluntário – consiste no retirar a vida de outrem, usurpando os direitos supremos de Deus sobre as pessoas, eliminando uma vida que só de Deus depende.

O aborto é um desses pecados, pois é praticado com deliberação da vontade e de modo premeditado. Esse sangue derramado injustamente (sem culpa nenhuma do assassinado) clama a vingança divina! A população que permite esse tipo de crime arcará com as consequências…;

2) pecado natural contra a natureza – falta gravíssima porque contraria a natureza estabelecida por Deus. A população que permite e até favorece práticas dessas sofrerá consequências terríveis.

Sodoma e Gomorra era uma região muito aprazível, na Palestina. Por causa de práticas homossexuais, Deus fez descer fogo do céu e chover enxofre sobre elas;

3) Opressão dos pobres, principalmente órfãos e viúvas.  Oprimir ou abusar destes desventurados é praticar uma ação que a retidão natural e a piedade absolutamente reprovam.  Uma forma de prática dessa ordem é a de certos políticos em utilizar deles por meio de promessas vãs para obter votos e depois promover ações denominadas de esquerda. Ou seja, utilizar da pobreza para proveito do interesse de alguns grupos ideológicos internacionais;

4) Não pagar o devido salário aos que trabalham. Uma forma de legisladores e governantes cometerem esse tipo de pecado consiste em criarem leis e situações em que, mesmo recebendo devidamente, o trabalhador acaba tendo tantos descontos, débitos, contribuições, etc., que fica sem condições de melhorar sua situação de vida. Pode-se também enquadrar nessa categoria de pecado aquelas leis que “favorecem” de tal forma o empregado que o induz às atitudes ou exigências que lesam (prejudicam) os interesses do empregador.

A corrupção na vida política é um grande mal e deve merecer uma atenção especial dos eleitores; a eleição é a grande chance de manter longe do poder quem não tem “ficha limpa”, ou já esteve envolvido em desonestidade, ou tem histórias pouco claras na gestão do poder público. Mais uma vez, é preciso conhecer os candidatos e conferir: ficha limpa e “cheia” de credibilidade…

Religião e política devem ficar distantes?

Não!

Pois se trata de escolher pessoas honestas e dignas, capazes de governar e legislar. É bom verificar se os candidatos respeitam e praticam a moral católica, mesmo não sendo católico, sobretudo se eles estão dispostos a fazer tudo para proteger e amparar a família diante das ameaças à sua missão, conforme a ordem natural.

Baseado em http://arquidiocesedecampogrande.org.br/