A Sagrada Escritura (comumente chamada Bíblia) é o conjunto de livros em que estão encerradas as verdades reveladas por Deus e que os seus pastores devem transmitir aos fiéis. Divide-se em Antigo Testamento e Novo Testamento. O Antigo Testamento contém somente promessas temporais, enquanto ao Novo Testamento pertence a promessa da vida eterna e o reino dos céus.
Deus manifestou-se a Adão, Noé, aos patriarcas e aos profetas. E por fim deu-se a conhecer ao mundo no seu Filho único, Nosso Senhor Jesus Cristo, “de modo que, como diz São João, vimos a sua glória…, e ele se fez carne e habitou entre nós”.
Nosso Senhor Jesus Cristo fundou uma sociedade religiosa de fiéis, congregando primeiro doze discípulos que chamou de apóstolos ou enviados. Ensinou-os e instituiu-os seus auxiliares e sucessores no governo dessa sociedade religiosa de fiéis, a Igreja Católica.
Ele os fez bispos dando-lhes o poder de comunicarem a outros os ensinamentos e direitos que ele mesmo lhes tinha transmitido. Estabeleceu São Pedro como chefe, base e alicerce da sua Igreja, prometeu a ele as chaves do reino dos céus e o encarregou de apascentar ou governar o rebanho inteiro, pastores e fiéis.
Os relatos da vinda de Nosso Senhor estão nos quatro Evangelhos. Os apóstolos foram até ao fim do mundo proclamar a boa nova das graças que Deus nos concede e anunciar aos homens a paz do céu (Lc 2, 14), eles que detinham – todos igualmente e cada um em particular – a Boa Nova de Deus.
Encontrando-se entre hebreus, São Mateus publicou precisamente uma das versões escritas de evangelho nessa língua; São Pedro e São Paulo evangelizavam Roma e aí fundaram a Igreja. Depois da morte destes, São Marcos, discípulo e intérprete de Pedro (1Pe 5, 13), transmitiu-nos, também por escrito, a pregação de São Pedro.
Da mesma forma, São Lucas, companheiro de São Paulo, consignou em livro o evangelho por este pregado. Seguidamente São João, discípulo do Senhor, o mesmo que apoiou a cabeça sobre o Seu peito (Jo 13,25), publicou também o evangelho durante a sua permanência em Éfeso.
Sobre Nosso Senhor Jesus Cristo o Evangelho ensina quatro aspectos: 1) a divindade assumindo a 2) natureza humana, 3) sua morte, pela qual nos livrou da escravidão do demônio e a 4) sua ressurreição, pela qual se nos abre a porta da vida gloriosa.
É por isso que os quatro evangelhos são representados sob a figura de quatro animais:
1) Homem (Evangelho de São Mateus) – O Filho de Deus se fez verdadeiro homem. São Mateus mostra principalmente a humanidade de Nosso Senhor Jesus Cristo;
2) Leão (Evangelho de São Marcos) – Nosso Senhor, por sua própria força, levantou-se do sepulcro como um leão. Por isso São Marcos já inicia a sua narração manifestando o poder divino: “Princípio do Evangelho de Jesus Cristo, Filho de Deus”.
3) Touro (Evangelho de São Lucas) – Nosso Senhor se dignou morrer como oferenda do sacrifício, vítima de nossa redenção. São Lucas começa o evangelho pelos sacerdotes, e o touro é a vítima imolada;
4) Águia (Evangelho de São João) – Porque descreve os mistérios divinos. A figura da águia é uma expressão dos milagres e da ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo.
As três primeiras figuras (homem, leão e touro) andam sobre a terra. Correspondem exatamente aos três evangelistas (São Mateus, São Lucas e São Marcos) porque eles trataram principalmente do que Nosso Senhor Jesus Cristo fez como Homem.
Ao passo que São João tem o voo da águia, ao contemplar a luz do Ser imutável (os mistérios divinos). Por esta razão São Gregório Magno diz que os três primeiros evangelistas se ocuparam da vida ativa e São João, da vida contemplativa.
São Lucas, autor do terceiro Evangelho, escreveu também o Atos dos Apóstolos sobre a expansão da Igreja. Este livro conta a história dos dois maiores difusores do Evangelho, conhecidos hoje como coluna e sustentáculo da Igreja: São Paulo e São Pedro.
São Paulo escreveu catorze cartas aos católicos das diversas regiões por onde havia ensinado. Outros apóstolos também escreveram cartas aos seus apostolandos: São Pedro, São João, São Judas e São Tiago. O último livro da Bíblia é o Apocalipse, a manifestação dos acontecimentos futuros como perseguições a Igreja e a seus membros. Foi revelado a São João, durante sua prisão na Ilha de Patnos.
Assim encerrou-se a idade bíblica.
Fonte: Extraído do Portal Associação Apostolado do Sagrado Coração de Jesus