Catolicismo — O Sr. concorda com as conclusões propagadas pelo IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas), de um aquecimento global causado pela ação humana?
Prof. Molion — O IPCC (órgão vinculado à ONU) não comprova que o aquecimento global seja produzido pelo homem. Nos estudos já realizados sobre a variabilidade do clima, o aquecimento global se encontra dentro dos limites da variabilidade natural. É impossível, com o conhecimento atual sobre o clima, identificar e comprovar o possível aquecimento antropogênico.
Na minha versão mais nova do aquecimento, analiso três argumentos básicos:
1) As séries de temperatura média global não são representativas. Nos últimos anos, o número de estações climatométricas viu-se drasticamente reduzido — por volta de 14 mil no final da década de 1960, para menos de 1.000 hoje — pelo Goddard Institute for Space Studies (Dr. James Hansen), NASA.
A maior parte das estações desativadas se encontrava na zona rural. As localizadas nas cidades sofrem o efeito da urbanização, o chamado “efeito ilha de calor”, que produz certa tendência de aquecimento.
2) O aumento da concentração de CO2 não se correlaciona com aumento de temperatura. Após o término da II Guerra Mundial, o consumo de petróleo se acelerou, no entanto a temperatura média global diminuiu. Em eras passadas –– como os interglaciais, de 130 mil, 250 mil e 360 mil anos atrás –– as temperaturas estiveram mais elevadas que as atuais, embora com concentrações de CO2 inferiores.
Portanto, não é o CO2 que aumenta a temperatura do ar, e sim o contrário: o aumento da temperatura provoca aumento da concentração de CO2, principalmente devido ao aquecimento dos oceanos.
3) Finalmente, os modelos de clima utilizados para as “projeções” da temperatura média global nos próximos 100 anos ainda são incipientes, não representam a complexidade e as interações dos processos físicos que determinam o clima.
Os cenários utilizados pelo IPCC são hipotéticos, e muito provavelmente não virão a se concretizar, pois os oceanos, ao se resfriar, passarão a absorver mais CO2. Ou seja, as simulações com modelos de clima não passam de meros exercícios acadêmicos, não se prestando à formulação de políticas adequadas para o desenvolvimento da sociedade.
Fonte: Catolicismo
3 Comentários
Olá,
Alguns dizem que há interesses por trás desse tal de aquecimento global. Pode até haver alguns que se aproveitam no meio de uma coisa midiática tão grande, mas enquanto o absurdo empirismo dessa gente que comanda e domina essa questão não aplicar as ciências de conhecimento universal e assim continuar cometendo erros tão absurdos e elementares da física básica, podem deixar que se trata apenas de ignorância científica mesmo e, por isso, uma “conspiração” climática mundial não se sustenta. E já deram muitas provas disso, em seus “modelos” fajutos (os quais são ajustados para darem os resultados desejados, que absurdo!!), em publicações de revistas, em “previsões”, etc. Primeiro eles têm que entender bem e resolver cientificamente a questão, como eu já a resolvi, modestamente, o que o Molion não conseguiu, antes de afirmarem que há conspiração, por uma questão de lógica e bom senso.
Quem comanda e domina essa questão no mundo é o IPCC e seus meteorologistas, climatologistas, hidrologistas, etc, os quais, para afirmar que existe aquecimento “global”, absurda e ingenuamente relacionaram um aumento de temperatura com um aumento de CO2. Mas, para constatar que há aumento do efeito estufa não basta uma simples e ingênua relação de um parâmetro com outro, pois na atmosfera há muitos outros parâmetros que precisam ser relacionados entre si para podermos realmente constatar um aumento de aquecimento atmosférico. E tais relações são baseadas na teoria física da questão, o que não se vê os profissionais acima relacionados fazerem, por isso erram tanto e tão absurdamente. E falo isso não apenas em relação às coisas que se vê na mídia, mas em relação às publicações de suas revistas internacionais, cujos artigos deveriam ser um primor de ciência, mas não são, são muitos e enormes absurdos mesmo.
Além de eles terem relacionado somente um único parâmetro com outro, eles escolheram apenas as partes da história em que há os referidos aumentos, mas há outras partes da história em que há reduções desses parâmetros que não foram considerados por eles. É nessa hora que entra o Molion, que escolheu para suas afirmações exatamente o lado contrário dos outros, ou seja, quando os referidos parâmetros decrescem, cometendo o mesmo erro, só que do lado contrário. Vale lembrar que o Molion é tambem meteorologista e, como os outros empíricos, só depende de dados experimentais, os quais têm uma variabilidade natural complexa que confunde se as análises não forem ajudadas pela verdadeira teoria científica. Trabalhei e tenho trabalhado teórica e experimentalmente com sistemas de aquecimento atmosferico e posso dizer que quase tudo que tem sido dito sobre o tal do aquecimento “global” está essencialmente errado, inclusive pelo Molion.
Por incrível que pareça, o ser humano é sim capaz de causar mudanças climáticas, mas não do jeito que dizem. Com poucas palavras, faço qualquer um entender como o ser humano pode sim interferir no clima. Enquanto isso, conheçam mais em sartori-aquecimentoglobal.blogspot.com.
Interessante ouvir uma outra opinião, no entanto devemos continuar nas campanhas contra o uso indiscriminado dos nossos recursos naturais até mesmo para melhoria de nossa qualidade de vida
Muito pertinente as colocações do Prof. Molion. Fico muito lisongiado de saber que no meu estado existe alguem de tamanha capacidade.