Em setembro de 948, o abade de Einsiedeln, Eberhaad, pediu a São Conrado, Bispo de Constância, que se dignasse fazer a consagração da igreja de sua Abadia. O Prelado atendendo a solicitação, dirigiu-se ao Convento, acompanhado do Santo Bispo de Augsbourg, Ulric, e de uma comissão de cavalheiros da sociedade.
No dia fixado para a cerimônia, São Conrado e alguns religiosos se dirigiram a igreja, alta noite, e se puseram em oração. De repente, viram que a igreja se iluminara de uma luz celeste e que o próprio Jesus Cristo, acolitado pelos quatro evangelistas, celebrava no altar o oficio da Dedicação. Anjos espargiam perfumes à direita e à esquerda do Divino Pontífice; o apóstolo São Pedro e o Papa São Gregório seguravam as insígnias do pontificado; e diante do altar se achava a Santa Mãe de Deus, circundada de uma auréola de glória. Um coro de anjos, regido por São Miguel, fazia vibrar as abóbadas do templo com seus cantos celestiais. Santo Estêvão e São Lourenço, os mais ilustres mártires diáconos, desempenham as suas funções. São Conrado refere em uma de suas obras as diversas exclamações dos anjos no canto do Sanctus, do Agnus Dei e do Dominus vobiscum final. Ao Sanctus, entre outras, diziam eles: “Tende piedade de nós, ó Deus, cuja santidade refulge no santuário da Virgem gloriosa. Bendito seja o Filho de Maria, que vem a esse lugar para reinar eternamente!”
Maravilhado com semelhante aparição, o Bispo continuou a rezar até onze horas do dia. E o povo esperava com ansiedade o início da cerimônia, sem que, no entanto, alguém ousasse indagar a causa dessa demora.
Afinal, alguns religiosos se acercam do Prelado e lhe pedem que comece a solenidade. Mas São Conrado, sem deixar o lugar onde rezava, conta com simplicidade tudo o que presenciara e ouvira. Sua narração fez supor que ele estivesse sob a ilusão de um sonho. Finalmente, o santo Bispo, cedendo às instâncias de todos, dispôs-se a proceder a consagração da igreja. Foi então que aos ouvidos dos fiéis escutaram estas palavras, pronunciadas por uma voz angélica, que repercutiu em toda a assembléia, dizendo mais de uma vez, na linguagem da Igreja: “Cessa, cessa, frater! Capella divinitas consecrata est: detende-vos, detende-vos, meu irmão, a capela já foi divinamente consagrada.”
Dezessete anos mais tarde, São Contado, Santo Ulrico e outras testemunhas oculares do acontecimento, encontrando-se reunidos em Roma, prestaram acerca dele um solene testemunho. E depois de todas as necessárias informações jurídicas, Leão VIII deu publicidade ao fato por meio de uma bula especial, que foi confirmada pelos papas Inocêncio IV, Martinho V, Nicolau IV, Eugênio VI, Nicolau V, Pio II, Júlio II, Leão X, Pio IV, Gregório XIII, Clemente VII e Urbano VIII. E, a 15 de maio de 1793, Pio VI ratificou os atos de seus predecessores, a despeito dos céticos, sempre prontos a duvidar do que lhes não convém, e cheios de credulidade absurda para com o que os lisonjeia.
(MÊS DE NOSSA SENHORA DO SANTISSIMO SACRAMENTO – Pe. Alberto Tesnière, S.S.S. – Tip. Maria Auxilium, S.P. – la. edição, 1946, pp. 76 -77
N.B.: É de perguntar porque fatos da magnitude do narrado acima não são mais divulgados, desconhecidos pela maioria da população? A resposta é óbvia: porque os que deviam divulgar tão edificantes episódios, não acreditam mais nos fatos aqui narrados, embora o fato tenha sido documentado por um processo jurídico e confirmado por diversos papas.
Tristes tempos os que vivemos! Não se acredita mais em nada; os que ainda acreditam nos magníficos milagres que Deus produziu no passado, vivem como se vivessem nas catacumbas, porque são perseguidos pela maioria dos que se denominam, hoje em dia, de católicos progressistas.
E os que, hoje, acreditam nesses grandes milagres, são obrigados a dizer, “Senhor, mesmo que eu não tenha visto qualquer milagre, como o acima narrado, eu creio em Vós e nesses fatos miraculosos que Vós produzistes no passado, mas ajudai a minha fé!”
5 Comentários
Devemos consagrar a todo tempo a nossa família , a nossa paróquia , o mundo inteiro , pois a humanidade está carente de Deus , devido o próprio desinteresse pelas coisas cristãs. Acreditar nos sinais que aconteceram no passado e crer que Senhor de ontem é o mesmo de hoje , que nos espera de braços abertos , pois somos seus filhos. Paz e Bem!
Não há motivo pra dúvidas. A História da Igreja é recheada de fatos extraordinários pois Deus age, onde, quando e e sempre que desejar, tudo para nossa edificação.
Nossa Senhora dos Eremitas, rogai por mim e minha família, ajuda-nos a amar cada vez mais a teu filho Jesus.
Minha querida Irmãzinha Maria Auxiliadora Mainieri,que Deus a abençoe por esta menssagem oração tão linda! De hoje em diante, será minha oração diária,pois me parece que foi escrita
especialmente para mim.
Nossa Senhora dos Eremitas,rogai a Deus por minha família, e por mim!
Obrigada, Irmã.
Meu Senhor e Meu Deus! Como não crer, se Vosso Poder é infinitamente grande, ontem, hoje e eternamente? Tende piedade dos que não crêem,e, mais ainda, dos que desacreditam,com ditos maliciosos e debochadores,porque não sabem o que os espera. Compixão, Senhor! Nossa Senhora dos Eremitas, rogai por nós e pelo mundo inteiro, amém.