Dia internacional da mulher, 08 de março. Nossa Catedral Basílica (recém-pintada) amanheceu pichada com jargões: legalização do aborto; machismo mata.
Quem pratica esse tipo de barbarismo? Algum grupo de pressão pró-aborto?
Enquanto essa gente utiliza o expediente do terrorismo emocional, pichando o templo religioso, milhares de voluntárias da Pastoral da Criança promovem a vida e a esperança, assumindo práticas de saúde preventiva às gestantes, aos nascituros, à mãe, à criança, bem como às pessoas idosas, envolvendo as famílias nas políticas de proteção à vida.
Nossas voluntárias não saem às escondidas para reivindicar a morte de inocentes. Nossas lideranças trabalham incansavelmente à luz do dia visitando as famílias que vivem em condições precárias nos bolsões de pobreza. Nosso objetivo é salvar vidas e não eliminá-las arbitrariamente. Semelhante trabalho de proteção à vida realiza a Pastoral da Pessoa Idosa.
Uma característica de fidelidade Mestre é o martírio, o testemunho dos valores contidos no Evangelho de Jesus.
A propósito, a rejeição ao aborto no Brasil aumentou em 17 anos. De acordo com a pesquisa Datafolha no final de 2011, 71% da população afirma que a legislação brasileira sobre o tema deve ficar como está. Somente 7% diz que a prática deveria ser descriminalizada.
Desde 1993 a porcentagem dos que defendem que a lei continue como está subiu 17 pontos percentuais (de 54% a 71%). Quem defende a ideia de que o aborto seja permitido em mais situações caiu de 23% para 11%. Os que apoiam a descriminalização caiu de 18% para 7%. Por isso os projetos pró-aborto tramitam há tempo na Câmara e não conseguem adesão dos parlamentares, com medo de perda de votos.
10.03.2012
Dom Aldo Pagotto
Arcebispo Metropolitano da Paraíba