Quando alguém está errado, pouco irá se importar com a existência da verdade.
Para simplificar, o erro é a verdade. Um erro sustentado com veemência acaba se institucionalizando. E assim nascem os fanáticos. Fanático vem do latim “fanum” — templo – e designava aqueles que entravam no templo, ao contrário dos profanos (“pre fanum”), que eram os que ficavam à entrada do templo.
Assim foram chamados, em certa época, os sacerdotes da deusa grega Belona (origem dos termos “bélico”, “belicoso”, “beligerante”, guerreiro), a versão feminina do deus da guerra Marte. Esses sacerdotes percorriam a cidade vestidos de preto e armados de machados de dupla lâmina, tocando trombetas, dançando nus e se lacerando com punhais.
Com o passar do tempo, o termo fanático passou a ser aplicado aos que demonstram exagerado ardor religioso ou que se mostre entusiasmado demais por uma idéia.
Dessa forma, em nossa civilização, nasceram e foram se desenvolvendo comportamentos que, por seu ineditismo e oportunidade, passaram a requerer qualificação própria e, gerados por um sistema político-social dominante, foram sendo batizados a bel prazer, segundo as regras da orwelliana novilíngua.
Por traz de tudo isso reside, impávido colosso, a tirania. A tirania do fanatismo. Expressão que me parece uma tautologia, um “bis in idem”; enfim, uma redundância. Indo direto ao ponto, a tirania impôs a idéia de que o homossexualismo, ou seja, a prática de sexo entre indivíduos de sexo — ou gênero — semelhante, isto é, um homem com um homem e uma mulher com uma mulher, deverá ser considerado como uma atividade corriqueira e tão integrante da natureza humana quanto um sujeito sair de casa de manhã para ir trabalhar.
A despeito da consuetudinária e legal verdade no sentido de que um casal é composto de indivíduos de sexos diversos. Do contrário não teremos um casal, mas sim um par. Um “par de dois”, voltando à tautologia.
Determinou-se, então, de modo artificial, como de costume, que aquele que se indispuser contra tal convenção social fosse chamado de “homofóbico” e, mais que chamado, criminalizado, penalizado, tipificado, punido e sentenciado.
Mas, se existe algo que me incomoda em particular, é a burrice, especialmente quando é crônica. Homofóbico, ao que me consta, é algo que não existe. Mas foi criado e teve que passar a existir, pelos poderes de outra tirania, a semântica.
Se não, vejamos: Etimologicamente falando, o termo homofobia (que não existe, foi construído) é constituído de um radical e um sufixo gregos: “homos”, que significa “semelhante” e “phóbos” que significa terror, medo, horror, ou medo mórbido de algo, sejam atos ou situações.
Em suma, homofóbico seria aquele que tem terror, medo, horror, do que lhe é semelhante. Até aqui, portanto, não se vê conotação sexual na coisa toda. Pode ser que signifique alguém ter medo do próprio vizinho, ou do gênero humano de um modo geral.
Existe, no entanto, uma palavra consagrada pelo uso (uso antigo, é claro, porque hoje é ignorada pela própria existência da “ignorantzia”), que é “homogamia”.
Homogamia sim, posso entender, que tem origem no grego “homógamos” que define aquele que está casado com alguém da mesma condição sexual, seria um termo que eu aceitaria que entrasse em discussão. Mas, homofobia? Como e com quem eu posso discutir algo que não existe? E, embora inexistente, céus, quanto incômodo!
O correto seria a mídia (incluindo professores de gramática) difundir que a forma correta de expressar o sentimento contrário à união entre pessoas do mesmo sexo seria “anti homogâmico” e não “homofóbico”, cuja etimologia não leva a nada… mas, como a burrice impera…
Fonte: Nereu Augusto Tadeu de Ganter Peplow /Blog da Família
3 Comentários
Simplesmente espetacular os esclarecimentos. Concordo plenamente.
digo, espetaculares os esclarecimentos. Uma verdadeira aula da Língua Portuguesa.
E como impera a burrice na sociedade atual,onde os verdadeiros valores são desprezados e até ridicularizados.Que estas ações e palavras sejam afastadas de nossas familias. Ignoremos estas ações e palavras,deixemo-los à mercê daqueles que se afoitam em lutar por causas com as quais não concordamos.Que a devida luz da razão venha sobre estas pessoas,colocando-as no seus lugares, frente a ousadia de se acharem donos da verdade frente as modernas liberdades do mundo, trazendo tantos males a nós seres humanos.Quanto orgulho e fanatismo,não? Não aderimos a estas modernidades e não queremos aceitá-la e nossa postura é a de que Deus quer “homem e mulher juntos” ,formando uma família,pois quando nos criou,sua intenção era a de perpetuar a vida humana.
Hoje eu quero agradece a N. S. pela graça recebida; que foi a chegada de Maria minha netinha, que nasceu dia 19,e chegou com bastante saúde graças a Deus e N. S. Era o sonho dela e do esposo, q ja estão casados há cinco anos. ela ja havia perdido 2 bebes, e por esse motivo deixava todos muito tenso. mas Deus é maravilhoso obrigado Senhor. Que todos q buscar Deus encontre suas graças; é so não perder a fé e a confiança.