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Continuação do post: Prepare sua alma para o Nascimento de Nosso Senhor! Leia esta reflexão sobre o Natal: (Parte I)
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“Homem de boa vontade”: o que representa isto aos olhos de tantos e tantos de nossos contemporâneos?
Para o sabermos, basta indagar: boa vontade para com quem?
A resposta salta impetuosa e impaciente, como só acontece quando a pergunta tem algo de ocioso por inquirir o que é quase evidente.
Ora bolas, dirão muitos de nossos coetâneos, boa vontade para com o próximo.
Aquele que, ateu ou sequaz de uma religião, seja ela qual for, adepto da propriedade privada, do socialismo ou do comunismo;
Quer que todos os homens vivam alegres, na fartura, sem doenças, sem lutas, sem riscos, aproveitando o mais possível esta vida, este é um homem de boa vontade.
Visto nesta perspectiva, o homem de boa vontade é um artífice da paz. Diz o ditado que “em casa onde falta o pão, todos brigam e ninguém tem razão”.
Logo, onde há pão todos têm razão e há paz. Onde há pão, teto, remédios, segurança, com maioria de razão há necessariamente a paz.
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E a glória de Deus?
Para o “homem de boa vontade” assim concebido, é ela um elemento supérfluo no que se refere à paz na terra.
Pois é da adequada ordenação da economia que decorre a boa ordem na vida social e política, e portanto a paz.
“Supérfluo” é dizer pouco, a respeito da glória de Deus no Céu, considerada em função da paz na terra.
Como alguns homens creem em Deus, e outros não creem, e como entre os que creem há diversidade no modo de entender Deus;
Este último pode atuar como perigoso fautor de divisões, discussões e polêmicas.
Deus é um senhor por demais comprometido há milhares de anos em polêmicas, para que dele se fale a toda hora.
Para ter paz na terra é melhor não estar falando a todo momento sobre Deus e sua glória no Céu.
E depois… o Céu é tão vago, tão longínquo, tão incerto! Que dele falassem os Anjos, vá lá, pois lá moram. Mas nós homens, cuidemos da terra.
Unir a glória celeste à paz terrestre é para o “homem de boa vontade” algo de tão incorreto, supérfluo e pejado de fatores de luta quanto é, por exemplo, imprudente unir a Igreja ao Estado.
A Igreja livre do Estado e o Estado livre da Igreja, eis um anelo bem típico do “homem de boa vontade”.
A paz terrena liberta de implicações religiosas, e Deus no seu Céu e sua glória, sorrindo de braços cruzados para a terra em paz;
A uma tal distância da terra que lá não chegue nem sequer o Lunik, eis o ideal do “homem de boa vontade”.
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O homem que ama ao próximo
Estas são as considerações do “homem de boa vontade” entre aspas, cujo coração está longe do Céu, e cujo olhar só se detém sobre a terra.
Contudo, quanto divergem elas do sentido próprio e natural do cântico angélico!
Realmente, se o Natal dá glória a Deus no mais alto dos Céus e simultaneamente é a fonte da paz na terra para os homens de boa vontade – e;
Foi o que os Anjos proclamaram em seu cântico – não se pode dissociar uma coisa da outra.
Sem que os homens deem glória a Deus, não há paz no mundo. E a guerra, enquanto considerada no agressor culpado, é incompatível com a glória de Deus.
Vós, Senhor Jesus, Deus humanado, sois entre os homens o Príncipe da Paz. Sem Vós a paz é uma mentira e, afinal, tudo se converte em guerra.
E é porque os homens não compreendem isto, que procuram de todos os modos a paz, mas a paz não habita no meio deles.
O que é então o homem de boa vontade, se não é o homem que ama o próximo? Será porventura o que odeia seu próximo?
Ao fariseu, que Vos chamou de bom Mestre, perguntastes: por que Me chamais de bom, se só Deu é bom (cf. Luc. 18, 19)?
Se só Deus é bom, a boa vontade autêntica é a que se volta toda para Deus, e ama o próximo, não pelo mero amor do próximo, mas pelo amor de Deus.
O homem é tal, que não pode amar o próximo pelo próximo. Ou o ama por amor de si mesmo, e isto é egoísmo. Ou o ama por Deus, e isto sim é amor verdadeiro.
Em conseqüência, a “boa vontade” agnóstica e a paz terrena que ela tende a instaurar, nem são boa vontade autêntica, nem paz verdadeira.
E o falso “homem de boa vontade” é em última análise um semeador de guerras e um artífice de ruínas.
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(Continua…)
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Fonte: www.pliniocorreadeoliveira.info
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